Brasil caiu uma posição em ranking, mas ainda está entre os países com maiores juros reais (Golden_Brown/Getty Images)
Ligia Tuon
Publicado em 1 de agosto de 2019 às 06h00.
Última atualização em 1 de agosto de 2019 às 06h00.
São Paulo - Com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de cortar 0,50 ponto percentual na Selic, anunciada na quarta-feira, (31), o Brasil caiu uma posição no ranking de países com os maiores juros reais do mundo.
Com 1,63% ao ano, país fica atrás de sete países: Argentina, México, Indonésia, Rússia, Turquia, Índia e Malásia.
A lista é divulgada a cada reunião do Copom pelo site MoneYou em parceria com a Infinity Asset Management.
A taxa de juros reais toma os juros nominais e subtrai a inflação projetada para os próximos 12 meses. Em termos nominais, o Brasil fica na sexta colocação, acima da Índia.
"Já estamos mais próximos da experiencia dos países emergentes", aponta Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos.
Para Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, ainda temos uma distância considerável para chegar aos desenvolvidos, como Estados Unidos e países da Europa, que têm juros excessivamente baixos e até negativos.
"O normal no futuro será de fato juros baixos no mundo inteiro, sendo que aqui ainda há passos adicionais na inflação para chegarmos em patamares mais baixos", diz.
O economista avalia que a reforma da Previdência, junto com a queda futura da meta de inflação, que pode chegar a 3% em alguns anos, podem fazer com que a Selic chegue no futuro a números razoáveis como 4% ou 5% de forma mais sustentável.
Veja abaixo a lista de países com os maiores juros reais do mundo: