Economia

Brasil cai 2 posições em ranking de negócios do Banco Mundial

O relatório destacou que 78% das reformas realizadas no ano passado para favorecer o ambiente de negócios ocorreu em países em desenvolvimento

Brasil: o Brasil está atrás de todas as principais economias da América Latina e do Caribe (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Brasil: o Brasil está atrás de todas as principais economias da América Latina e do Caribe (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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EFE

Publicado em 31 de outubro de 2017 às 18h11.

Washington - Nova Zelândia, Cingapura e Dinamarca lideram um ranking elaborado pelo Banco Mundial (BM) para monitorar o ambiente de negócios dos países, enquanto o Brasil caiu duas posições nesta nova edição da lista, ocupando apenas o 125º lugar entre 190 países estudados.

O relatório "Doing Business 2018", divulgado nesta terça-feira e um dos documentos mais importantes da organização, destacou que 78% das reformas realizadas no ano passado para favorecer o ambiente de negócios ocorreu em países em desenvolvimento.

A maior parte das medidas implementadas buscava reduzir custos e a complexidade burocrática para criar empresas.

"As políticas públicas têm um papel decisivo na hora de facilitar a constituição, as operações e a expansão de pequenas e médias empresas", ressaltou a diretora para Economia do Desenvolvimento do BM, Shanta Devarajan, em entrevista coletiva.

Devajaran destacou o papel desse relatório anual da organização. Segundo ela, os governos de todo mundo estão usando o "Doing Business" como um dado objetivo para decidir suas ações.

Desde o início da elaboração do relatório, em 2003, o tempo médio mundial gasto para abrir uma empresa era de 51 dias. Agora, esse prazo caiu mais do que pela metade, cerca de 20 dias.

Entre os dez primeiros classificados não há mudança nos cinco primeiros: Nova Zelândia, Cingapura, Dinamarca, Hong Kong e Coreia do Sul. Os Estados Unidos subiram do oitavo para o sexto lugar. Completam o 'top-10' o Reino Unido, Noruega, Geórgia e Suécia.

A China subiu quatro posições, do 78º lugar para o 74º. Já a Índia avançou 30 colocações, para a 100ª posição, um dos saltos mais chamativos da lista. Segundo o BM, isso ocorreu devido a uma "significativa simplificação" da burocracia para abrir um negócio.

O Brasil, por sua vez, caiu duas posições, para o 125º lugar, atrás de todas as principais economias da América Latina e do Caribe. O México, por exemplo, é o primeiro da região na lista, na 49ª colocação. O Chile ocupa o 55ª posição, seguido do Peru, no 58º lugar, e da Colômbia, em 59º. A Argentina é a 117ª no ranking.

Os dados do relatório se baseiam nas regulações aplicáveis às pequenas e médias empresas locais em 11 áreas de seu ciclo de vida. Entre elas estão a abertura de um negócio, a obtenção de eletricidade, o registro de propriedades, a conquista de crédito e a proteção dos investidores.

Nos últimos anos, além disso, o BM acrescentou indicadores de gênero, que mostram que em 36 países existem restrições para as mulheres empresárias.

Nesta edição do relatório, a organização celebrou o fato de a República Democrática do Congo eliminou a norma existente no país, que obrigava que as mulheres tivessem permissão de seus maridos para registrar um negócio.

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