Economia

Brasil avança em compra de sistemas antiaéreos russos

Amorim explicou que "falta afinar alguns detalhes técnicos", que serão discutidos por missão brasileira que viajará para Moscou "dentro de um ou dois meses"


	Amorim: ministro disse que outro assunto tratado com Soigu foi uma possível cooperação russo-brasileira para a fabricação de aviões de combate de quinta geração
 (Márcia Kalume/ Agência Senado)

Amorim: ministro disse que outro assunto tratado com Soigu foi uma possível cooperação russo-brasileira para a fabricação de aviões de combate de quinta geração (Márcia Kalume/ Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2013 às 17h19.

Brasília - O ministro da Defesa, Celso Amorim, recebeu nesta quarta-feira o ministro da mesma pasta da Rússia, Sergei Shoigú, com quem analisou as negociações em curso para a compra de sistemas antiaéreos russos, das quais disse que estão "muito avançadas".

Amorim explicou a jornalistas que "falta afinar alguns detalhes técnicos", que serão discutidos por uma missão brasileira que viajará para Moscou "dentro de um ou dois meses".

As negociações começaram em fevereiro e estão concentradas na possível aquisição de três baterias russas de mísseis antiaéreos do tipo Pantsir-S1 e de outras duas do modelo Igla.

A operação pode chegar a um valor de cerca de US$ 1 bilhão e inicialmente esperava-se concretizá-la antes da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, para reforçar a segurança durante o evento, o que já não será possível.

Fontes do Ministério da Defesa explicaram que, no entanto, a meta agora é que o contrato seja firmado no início de 2014 e que o material seja entregue alguns meses depois, com o que já estaria no Brasil para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

Amorim disse que outro assunto tratado com Soigu foi uma possível cooperação russo-brasileira para a fabricação de aviões de combate de quinta geração, mas esclareceu que seria um projeto em longo prazo.

O Brasil teve a renovação de sua frota de caças de combate Mirage, cuja vida útil chega até dezembro, adiada, de acordo com o próprio Ministério da Defesa.

Por isso, o país convocou há mais de uma década uma licitação para a compra de 36 novos caças-bombardeiros, a cuja fase final chegaram os Rafale da empresa francesa Dassault, os Gripen NG da sueca Saab e os F-18 Super Hornet da americana Boeing.

Apesar da urgência da Força Aérea, a licitação está suspensa por razões orçamentárias, embora Amorim tenha reiterado hoje sua confiança em que a decisão possa ser tomada em um curto prazo. 

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