Economia

Brasil acerta ao mudar rumo dos incentivos, diz economista

Eduardo Giannetti, professor do Insper, destaca decisão acertada do governo em promover medidas de desoneração, e não só estimular o consumo

Celulose Irani (Fabiano Accorsi/EXAME)

Celulose Irani (Fabiano Accorsi/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 13h23.

São Paulo – O Brasil percebeu que não adianta apenas estimular o consumo sem melhorar sua competitividade e o governo começa agora a tomar medidas nesse rumo. A opinião é do economista Eduardo Giannetti da Fonseca, professor do Insper. “O governo começa a lançar medidas de redução do custo de produção, o que considero bem mais adequado”, disse durante palestra promovida hoje em São Paulo.

Na opinião do professor, as medidas ainda estão muito restritas a alguns setores, mas a tendência é que esse tipo de incentivo se generalize para aumentar a competitividade do país.

Nos últimos dias, o governo vem anunciado uma série de incentivos fiscais. Há uma semana, o governo anunciou mais uma série de medidas de redução dos encargos na folha de pagamento, atingindo mais 25 setores, incluindo papel e celulose, transportes, aves e suínos.

Com esse tipo de medida para estimular a economia, embora nesse ano o crescimento do produto interno bruto (PIB) não deva fugir da faixa entre 1,5% e 2%, no próximo ano já pode haver uma recuperação, acredita Giannetti. Considerando um ano sem “surpresas” da economia internacional e interna, seria possível um crescimento sustentável entre 3,5% e 4% já a partir de 2013, diz o professor.

Giannetti participou do Fórum Internacional de Seguros para jornalistas, promovido hoje pela Allianz, em São Paulo.

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