Economia

Brasil abre 43.820 vagas formais de trabalho em julho, aponta Caged

Foram 1,331 milhão de admissões e 1,287 milhão de demissões no mês; Caged serve de indicador do trabalho, antes das taxas de desemprego serem divulgados

São Paulo: desemprego recuou de 13,5% no primeiro trimestre para 12,8% no estado (Ovidio Ferreira / EyeEm/Getty Images)

São Paulo: desemprego recuou de 13,5% no primeiro trimestre para 12,8% no estado (Ovidio Ferreira / EyeEm/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 23 de agosto de 2019 às 10h55.

Última atualização em 23 de agosto de 2019 às 11h17.

São Paulo — O Brasil registrou criação líquida de 43.820 vagas formais de emprego em julho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério da Economia.

O resultado do mês veio abaixo das estimativas de analistas consultados em pesquisa Reuters, que projetavam abertura de 45,7 mil postos.

O Caged serve de indicador do mercado de trabalho do país, antes das taxas de desocupação e desemprego do mês serem divulgados.

Esse número é o saldo de 1,331 milhão de admissões e 1,287 milhão de demissões.

O resultado ficou abaixo do registrado em julho de 2018, quando houve abertura líquida de 47.319 vagas, na série sem ajustes.

Apesar de ter ficado abaixo do previsto pelas estimativas da Reuters, resultado de julho ficou dentro do intervalo das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast. As projeções eram de abertura de 20.000 vagas a criação de 65.000 vagas, e com mediana positiva de 44.000 postos de trabalho.

No acumulado de janeiro a julho de 2019, o saldo do Caged foi positivo em 461.411 vagas, o melhor desempenho para o período desde 2014, quando a abertura de vagas chegou a 632.224 postos, na série com ajustes.

Em 12 meses até julho, houve abertura de 521.542 postos de trabalho.

O resultado do mês foi puxado pelo setor de construção civil, que gerou 18.721 postos formais, seguido pelo setor de serviços, que abriu 8.948 vagas de trabalho.

Também tiveram saldo positivo em julho a indústria de transformação (5.391 postos), comércio (4.887 postos), agropecuária (4.645 postos), extração mineral (1.049 postos) e serviços industriais de utilidade pública (494 postos). Já a administração pública registrou o fechamento líquido de 315 vagas no mês passado.

Os últimos dados de desemprego do país são de junho, fechando o primeiro semestre do ano. Nos seis primeiros meses, a taxa de desemprego no país caiu em 10 dos 27 estados brasileiros no segundo trimestre de 2019 em comparação com o primeiro.

No período, a taxa geral ficou em de 12%. No primeiro trimestre, a taxa era de 12,7% e no segundo trimestre de 2018, de 12,4%.

Em São Paulo, o desemprego recuou de 13,5% no primeiro trimestre para 12,8% no segundo trimestre do ano.

De total de desempregados da população, 3,347 milhões de pessoas procuram trabalho há no mínimo dois anos. O contingente equivale a 26,2% dos desempregados e é o maior patamar para um trimestre desde 2012. Ou seja: um em cada quatro desempregados estão há dois anos sem salário.

Acompanhe tudo sobre:BrasilCagedDesempregoEmprego formalMercado de trabalho

Mais de Economia

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos

Arrecadação federal soma R$ 248 bilhões em outubro e bate recorde para o mês