Economia

Brasil surpreende e abre 260,8 mil vagas em fevereiro

Segundo dado do Caged, abertura de vagas formais teve o melhor resultado para meses de fevereiro desde 2011


	Carteiras de trabalho: em janeiro, haviam sido criados 29.595 postos com carteira assinada, sem ajuste
 (Renato Alves/Ministério do Trabalho)

Carteiras de trabalho: em janeiro, haviam sido criados 29.595 postos com carteira assinada, sem ajuste (Renato Alves/Ministério do Trabalho)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2014 às 17h37.

Brasília - O Brasil registrou abertura de 260.823 vagas de trabalho no mês passado, melhor resultado para meses de fevereiro desde 2011, influenciada por altas contratações no setor serviço, na indústria e na construção civil.

O número, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apresentado nesta segunda-feira pelo Ministério do Trabalho, é mais que o dobro dos 123,4 mil postos gerados em fevereiro do ano passado.

Em janeiro deste ano foram criados 30 mil postos com carteira assinada, de acordo com dados ajustados.

Pesquisa da Reuters feita com analistas de mercado mostrou que a expectativa, pela mediana das previsões, era de abertura de 110 mil novas vagas, com as projeções variando entre 91 mil e 130 mil novos postos.

Em fevereiro, as contratações foram lideradas pela forte expansão do emprego no setor serviços, que apresentou contratação líquida de 143,3 mil pessoas. Por subsetores destacaram-se as instituições de ensino e os segmentos de alimentação, de transportes, de comunicação e de saúde.

A indústria da transformação mostrou contratação líquida de 51,9 mil trabalhadores, enquanto a construção civil teve admissão líquida de 25 mil operários. O comércio gerou 19,3 mil novas vagas e a agricultura, mais 6 mil postos.

A elevada geração de vagas ocorre em um mês de fevereiro que não contou com o feriado do Carnaval.

A economia brasileira mostra os primeiros sinais de que atividade neste início de 2014 está em ritmo positivo, com produção industrial e varejo em alta. Ainda assim, especialistas avaliam que ainda é cedo para acreditar que a economia não vai desacelerar neste ano.

Mesmo com a volatilidade, o mercado de trabalho continua sendo uma das âncoras do governo da presidente Dilma Rousseff, que tentará a reeleição este ano.

Matéria atualizada às 17h35min do mesmo dia, para adicionar mais informações.

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