Economia

Bradesco altera projeção de queda para o PIB de 2016

Se esse resultado se concretizar, o Bradesco diz que o carrego estatístico para 2016 é negativo em 2%


	Agência do Bradesco: para o PIB do quarto trimestre, a projeção é de queda de 1%, na margem
 (Pedro Lobo/Bloomberg News)

Agência do Bradesco: para o PIB do quarto trimestre, a projeção é de queda de 1%, na margem (Pedro Lobo/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 14h28.

São Paulo - O Bradesco revisou suas projeções para a economia brasileira após a divulgação do PIB do terceiro trimestre e agora prevê contração de 3,6% este ano, ante estimativa anterior de recuo de 3,3%.

Para 2016, a perspectiva passou para contração de 2,8%, ante declínio de 2,0%.

A equipe do Bradesco explica em relatório que apesar de o PIB do terceiro trimestre (queda de 1,7% na margem) ter vindo basicamente em linha com a suas projeções, o IBGE revisou os dados do segundo e do primeiro trimestre.

"Com a incorporação dos resultados e com os dados disponíveis até hoje, o PIB do último trimestre deve continuar mostrando retração", dizem os analistas do banco.

Para o PIB do quarto trimestre, a projeção é de queda de 1%, na margem. Se esse resultado se concretizar, o Bradesco diz que o carrego estatístico para 2016 é negativo em 2%.

O banco estima queda de 0,7% no primeiro trimestre de 2016 (na margem), seguida de contração de 0,4% no segundo trimestre, estabilidade no terceiro e crescimento de 0,2% no quarto.

"Conforme temos alertado, a retração da absorção doméstica continua a se aprofundar. Em 2015, consumo das famílias, do governo e investimentos devem mostrar quedas de 3,8%, 14,5% e 1,0%, respectivamente. Juntos, representam uma redução de 5,5% da absorção em 2015, frente à queda (projetada) de 3,6% do PIB", dizem os analistas.

Em relação a 2016, o banco afirma que as incertezas sobre a inflação e o resultado fiscal do governo continuarão pesando.

"Quanto mais rápido forem superados os problemas fiscais e mais rapidamente houver convergência da inflação à meta, mais rapidamente veremos o retorno da confiança e do crescimento."

A estimativa de queda de 2,8% no PIB do próximo ano, diz o Bradesco, pressupõe que os desafios fiscais e monetários serão ao menos minimamente endereçados.

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