Economia

Bom resultado da soja precoce eleva projeção para MT

Safra no principal estado produtor foi estimada em um recorde de 26,88 milhões de toneladas

Motorista espera caminhão ser carregado com grãos de soja na indústria agrícola Alvorada na cidade de Primavera do Leste, no Mato Grosso (Paulo Whitaker/Reuters)

Motorista espera caminhão ser carregado com grãos de soja na indústria agrícola Alvorada na cidade de Primavera do Leste, no Mato Grosso (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 16h43.

São Paulo - A safra de soja de Mato Grosso, principal Estado produtor do Brasil, foi estimada em um recorde de 26,88 milhões de toneladas, acompanhando produtividades acima do esperado na colheita precoce da região, disse nesta segunda-feira o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

O número representa um aumento de mais de 1 milhão de toneladas ante a estimativa de janeiro do Imea, de 25,67 milhões de toneladas em janeiro.

A elevação da safra é reflexo do clima muito favorável para a cultura, conforme antecipou a Reuters em reportagens recentes produzidas em Mato Grosso durante o Rally da Safra.

A colheita acelerou em Mato Grosso na semana passada e já passa de 20 por cento da área plantada, segundo o Imea. O Estado responde por pouco menos de um terço da safra de soja do Brasil.

"Essa colheita inicial, que geralmente torna a média de produtividade menor, porque é uma soja precoce, ficou acima do esperado", disse à Reuters o analista de grãos do Imea, Ângelo Luís Ozelame.

O Imea reajustou a produtividade desta temporada para 54 sacas por hectare, ante os 51,6 da estimativa anterior.

Outro fator importante é o menor índice de lavouras de primeiro ano, que têm uma produtividade menor. Este tipo de lavoura corresponde a 382 mil hectares nesta temporada, contra 842 mil hectares da safra anterior, disse o Imea.

Se confirmada a projeção de alta do Imea, Mato Grosso deverá ir na direção oposta de outros Estados brasileiros, que sofrem com uma seca prolongada desde janeiro e correm o risco de registrarem perdas de produtividade.

A consultoria AgRural, por exemplo, manteve nesta segunda-feira um alerta sobre regiões como o norte do Rio Grande do Sul, partes do Paraná, de Mato Grosso do Sul e de Goiás, em função do tempo quente e seco provocado por um bloqueio atmosférico.

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