Economia

Bolsonaro vai incluir militares na reforma da Previdência, diz Marinho

"Quem vai definir o timing é o presidente", disse o secretário. Paulo Guedes defende que proposta para militares seja enviada junto com a da reforma

O deputado Rogério Marinho discursa na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, durante lançamento da campanha Jornadas Brasileiras de Relações do Trabalho. (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O deputado Rogério Marinho discursa na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, durante lançamento da campanha Jornadas Brasileiras de Relações do Trabalho. (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 07h59.

Última atualização em 1 de fevereiro de 2019 às 15h08.

Brasília, 30 - O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou nesta quarta-feira, 30, que os militares estarão na proposta de reforma da Previdência que será levada ao Congresso Nacional.

"Vai entrar, mas quem vai definir o timing é o presidente", afirmou Marinho, que participou de um jantar promovido pelo Centro de Liderança Pública (CLP) com novos parlamentares eleitos para o Congresso Nacional.

Durante o jantar, Marinho já havia destacado que várias lideranças importantes do núcleo militar do governo já vêm dando indicações de que as Forças Armadas darão sua contribuição para a reforma.

Como mostrou o Broadcast, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defende que o projeto de lei sobre os militares seja enviado simultaneamente à reforma. No entanto, os militares querem que o texto seja encaminhado após a votação em primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição.

Durante o jantar, Marinho lembrou a fala do presidente Jair Bolsonaro em Davos, na Suíça, de que quer governar pelo exemplo. O secretário confirmou que essa era uma sinalização do presidente para a necessidade de incluir os militares na reforma.

Marinho disse ainda esperar que a proposta seja aprovada nas duas casas, Câmara e Senado, antes do recesso parlamentar de julho.

Também durante o jantar, o secretário especial destacou a necessidade de contar com o apoio do "sangue novo" do Congresso e garantiu que haverá diálogo para construir uma proposta. "Não vai haver imposição", disse.

Entre os integrantes da equipe que acompanharam o evento, o mantra era um só em relação à estratégia para a aprovar a reforma: "não podemos errar".

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