Economia

Bolsonaro: se Congresso quebrar o monopólio da Caixa no FGTS, vetarei

Reportagem do jornal O Globo desta diz que o governo quer liberar administração do fundo a todos os bancos, o que também foi negado pelo presidente do banco

Jair Bolsonaro: "Se o Congresso decidir quebrar o monopólio da Caixa, eu a vetarei segundo orientação do próprio ministério da Economia" (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

Jair Bolsonaro: "Se o Congresso decidir quebrar o monopólio da Caixa, eu a vetarei segundo orientação do próprio ministério da Economia" (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de outubro de 2019 às 14h43.

Última atualização em 7 de outubro de 2019 às 14h43.

São Paulo — O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta segunda-feira, 7, que vetará eventual alteração que o Congresso possa fazer na medida provisória que libera os saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para quebrar o monopólio da Caixa como operadora do fundo.

"Se o Congresso decidir quebrar o monopólio da Caixa, eu a vetarei segundo orientação do próprio ministério da Economia", disse, sobre uma eventual proposta, o presidente em uma publicação na sua página do Facebook no período da manhã.

Bolsonaro negou ainda que o governo tenha a intenção de defender essa mudança junto ao Congresso.

Mais cedo, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, também negou que o governo estude alterações na gestão do FGTS.

"A informação dada tanto quanto pelo presidente da República Jair Bolsonaro como pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, é que não. Isso não nasceu de lá. Pelo contrário, Guedes tem claramente a proposta de que a MP (sobre saques do FGTS) seja como foi", disse Guimarães, em passagem pela Câmara no período da manhã.

Reportagem do jornal O Globo desta segunda-feira diz que o governo quer liberar recursos do fundo a todos os bancos.

Segundo ele, se houver alguma mudança que trate desse assunto na medida provisória que liberou os saques do FGTS, será um "assunto para a Câmara". "Claramente, não foi uma ideia patrocinada pelo governo", disse.

Ele nega que, se houver uma decisão como essa, a liquidez da Caixa será afetada. "O que tem impacto é para os brasileiros. Existem 711 municípios que só a Caixa está lá", disse. "Para o agente financeiro, para realizar o Minha Casa, Minha Vida não há monopólio", comentou. "O que acontece é que uma mudança como essa seria regressiva. Significa que provavelmente outros bancos teriam mais interesse de fazer o MCMV na região Sudeste e outras capitais", afirmou.

"A informação dada tanto quanto pelo presidente da República Jair Bolsonaro como pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, é que não. Isso não nasceu de lá. Pelo contrário, Guedes tem claramente a proposta de que a MP (sobre saques do FGTS) seja como foi", disse Guimarães, em passagem pela Câmara no período da manhã.

Ele esteve com Guedes nessa segunda pela manhã.

Segundo ele, se houver alguma mudança que trate desse assunto na medida provisória que liberou os saques do FGTS, será um "assunto para a Câmara". "Claramente, não foi uma ideia patrocinada pelo governo", disse.

Ele nega que, se houver uma decisão como essa, a liquidez da Caixa será afetada. "O que tem impacto é para os brasileiros. Existem 711 municípios que só a Caixa está lá", disse. "Para o agente financeiro, para realizar o Minha Casa, Minha Vida não há monopólio", comentou. "O que acontece é que uma mudança como essa seria regressiva. Significa que provavelmente outros bancos teriam mais interesse de fazer o MCMV na região Sudeste e outras capitais", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:CaixaFGTSJair Bolsonaro

Mais de Economia

Campos Neto: Piora nas previsões de inflação não é culpa de 'malvados da Faria Lima'

Salário mínimo pode ir a R$ 1.521 em 2025 com nova previsão de inflação

BNDES e banco da Ásia assinam memorando para destinar R$ 16,7 bi a investimentos no Brasil

Fazenda eleva projeção de PIB de 2024 para 3,3%; expectativa para inflação também sobe, para 4,4%