Economia

Bolsonaro: questões da Previdência serão corrigidas no plenário

Aprovada na Comissão Especial, reforma da Previdência deve ir ao plenário na próxima terça

Jair Bolsonaro "O Brasil tem que fazer seu dever de casa", (Marcos Corrêa/Reprodução)

Jair Bolsonaro "O Brasil tem que fazer seu dever de casa", (Marcos Corrêa/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 5 de julho de 2019 às 13h22.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que algumas questões serão corrigidas na votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara após a conclusão da tramitação na comissão especial, e destacou que espera a aprovação final da matéria na Casa antes do recesso parlamentar.

"Fizemos a nossa parte, entramos com o projeto. Agora o governo não é absoluto, infalível, algumas questões serão corrigidas com toda a certeza junto ao plenário. O comando agora está com o nosso presidente Rodrigo Maia (presidente da Câmara)", disse Bolsonaro a jornalistas após participar de evento militar em Brasília, sem dar detalhes.

"Tenho toda certeza que ele vai, nós vamos conversar, vão trazer o Paulo Guedes para conversar também, que é o homem da economia, trazer demais lideranças e quem quiser conversar de forma bastante civilizada estamos disposto a conversar e temos certeza de que podemos corrigir possíveis — não diria injustiças — equívocos que, por ventura, ocorreram até o momento", completou, após participar de solenidade do 196º aniversário da criação do Batalhão do Imperador.

Bolsonaro foi questionado se os eventuais equívocos teriam relação com a aposentadoria dos policiais, que têm cobrado o governo por regras mais brandas para a aposentadoria. O presidente respondeu que "tem equívoco, tem mal-entendido, às vezes se exagera".

"Com a sensibilidade que existe no Parlamento, isso vai ser corrigido. Não acabou a reforma da Previdência", avaliou.

O presidente afirmou que a proposta será aprovada ainda este mês pela Câmara e destacou a importância de aprovação do texto para a economia do país. "Todos nós temos consciência de que, se não aprovar essa nova Previdência, a economia vai ter sérios problemas para sobreviver".

Para Bolsonaro, a sinalização da Previdência é para o mercado externo e interno no "tocante ao investimento".

"O Brasil tem que fazer seu dever de casa", afirmou, ao destacar que atualmente há um entendimento entre os Poderes Executivo e Legislativo.

Rodrigo Maia e o valor do Congresso

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também apoia uma rápida votação da reforma, antes do recesso. Em entrevista à rádio Jovem Pan, ele disse acreditar que a reforma da Previdência será votada pelo plenário da Casa antes do recesso parlamentar, o que seria um importante sinal da contribuição do Congresso.

Maia acrescentou que a nova forma de relacionamento entre o Parlamento e o Executivo está sendo muito boa para a democracia e coloca o Congresso em uma posição que nunca deveria ter saído.

Segundo o deputado, parte dos eleitores do presidente Jair Bolsonaro não compreende que não é só o governo encaminhar matérias e o Congresso aprovar.

O presidente da Câmara afirmou, ainda, que sem a reforma da Previdência o número de pessoas desempregadas chegaria a 20 milhões.

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