Economia

Bolsonaro diz que não irá privatizar Banco do Brasil, Caixa e Furnas

No início desta semana, o mercado financeiro reagiu mal a comentários de Bolsonaro sobre as estatais "estratégicas"

Bolsonaro: "Temos 150 estatais. No primeiro ano, umas 50 que foram criadas pelo PT vamos mandar para o espaço" (Youtube/Band/Reprodução)

Bolsonaro: "Temos 150 estatais. No primeiro ano, umas 50 que foram criadas pelo PT vamos mandar para o espaço" (Youtube/Band/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de outubro de 2018 às 09h48.

São Paulo - O candidato à Presidência do PSL, Jair Bolsonaro, voltou a defender a não privatização de empresas estatais "estratégicas" nesta sexta-feira, 12, em transmissão ao vivo no Facebook, e citou Banco do Brasil, Caixa Econômica e Furnas entre os exemplos do que não planeja ceder à iniciativa privada.

"Temos 150 estatais. No primeiro ano, umas 50 que foram criadas pelo PT vamos mandar para o espaço. Para outras 50, vai ter que ter critério, um modelo com responsabilidade, talvez uma golden share,", disse Bolsonaro. "O que for estratégico não pode privatizar", repetiu, citando os bancos públicos e a hidrelétrica.

No início desta semana, o mercado financeiro reagiu mal a comentários de Bolsonaro sobre as "estratégicas", cuja manutenção vai na direção oposta da cartilha liberal de seu guru econômico, Paulo Guedes. Entre as mais afetadas pelas declarações, estiveram Eletrobras e Petrobras, cujos papéis perderam, respectivamente, 9,1% e 3,7% de seu valor na última segunda-feira.

Apesar das discordâncias, o presidenciável negou problemas com Guedes ou com a cúpula do partido. "Não estou batendo de frente com Paulo Guedes de jeito nenhum. Concordo com 90% do que ele diz e ele concorda 90% do nosso lado. Está bem encaminhado esse casamento."

Bolsonaro fez a live acompanhado de Luiz Philippe de Orleans e Bragança, eleito deputado federal por São Paulo pelo PSL. Na transmissão, ele não comentou a tentativa do ex-prefeito e candidato do PSDB ao governo de São Paulo João Doria de encontrá-lo esta tarde.

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Doria viajou ao Rio para ir à casa do empresário Paulo Marinho, onde Bolsonaro iria gravar nesta sexta-feira. O presidenciável, no entanto, cancelou a gravação alegando indisposição.

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