Economia

Bolsonaro descarta mexer no preço da gasolina: "tendência é estabilizar"

Presidente afirmou que impacto nos preços causado por morte de general iraniano não foi grande

Jair Bolsonaro: "Graças a Deus, pelo que parece, a questão lá dos Estados Unidos e Iraque, o general lá que não é general, e perdeu a vida, não houve" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Jair Bolsonaro: "Graças a Deus, pelo que parece, a questão lá dos Estados Unidos e Iraque, o general lá que não é general, e perdeu a vida, não houve" (Ueslei Marcelino/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 6 de janeiro de 2020 às 11h32.

Última atualização em 6 de janeiro de 2020 às 11h54.

Brasília — O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que a "tendência" é que o preço do combustível estabilize, após uma alta causada pelo assassinato do general iraniano Qassem Soleimani em um bombardeio americano, na última sexta-feira. De acordo com Bolsonaro, o impacto "não foi grande".

"Graças a Deus, pelo que parece, a questão lá dos Estados Unidos e Iraque, o general lá que não é general, e perdeu a vida, não houve...O impacto não foi grande. Foi 5%, passou para 3,5%, não sei como está hoje, em relação a antes do ataque. Mas a tendência é estabilizar", disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada.

Na última sexta-feira, o presidente disse esperar que alta do preço do petróleo terminasse em "poucos dias".

O preço do barril de petróleo ultrapassou os US$ 70 em Londres pela primeira vez desde setembro. A disputa entre Estados Unidos e Irã está provocando temores de que um conflito mais amplo possa atrapalhar o abastecimento do Oriente Médio, que fornece quase um terço do petróleo do mundo.

Bolsonaro afirmou que uma reunião sobre o tema será realizada na tarde desta segunda-feira, mas disse que ainda não sabe se participará. O presidente ressaltou que outras questões afetam o preço do combustível e que o governo federal não é o único responsável:

"Está previsto (reunião) hoje, por volta de 16h. Se eu tiver a oportunidade, vou ver com o Bento (Albuquerque, ministro de Minas e Energia), se é o caso de eu comparecer, dada à gravidade do assunto. O que eu tenho falado para eles insistentemente (é que) tem que mostrar o preço total dos combustíveis levando em conta impostos federais, ICMS, o monopólio do transporte e de distribuição, a margem de lucro que existe na ponta, quanto custa o litro do combustível nas refinarias. Porque cai tudo no meu colo, parece que eu sou responsável por tudo. Alguns querem que eu tabele, não tem como tabelar, isso não existe, essa não é nossa política."

Mais cedo, Bolsonaro afirmou que os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), concordaram em colocar em votação um projeto de lei que proíbe a tributação da geração de energia solar, proposta que vem sendo estudada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Em vídeo publicado nas redes sociais no domingo, Bolsonaro já havia dito que era contra a taxação, mas ressaltou, no entanto, que a decisão é da Aneel, que é autônoma.

Acompanhe tudo sobre:CombustíveisEstados Unidos (EUA)Irã - PaísJair BolsonaroPetróleo

Mais de Economia

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados

'Não vamos destruir valor, vamos manter o foco em petróleo e gás', diz presidente da Petrobras

Governo estima R$ 820 milhões de investimentos em energia para áreas isoladas no Norte