Economia

Bolsonaro chama presidente do BNDES de "garoto" e auditoria de "esquisita"

Bolsonaro afirmou que presidente do BNDES, Gustavo Montezano, é bem intencionado e passou as informações sobre o aditivo da auditoria

Bolsonaro: presidente voltou a criticar a auditoria do BNDES (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

Bolsonaro: presidente voltou a criticar a auditoria do BNDES (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

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Reuters

Publicado em 28 de janeiro de 2020 às 15h31.

Última atualização em 28 de janeiro de 2020 às 19h22.

Brasília — O presidente Jair Bolsonaro usou a expressão "garoto" nesta terça-feira para se referir ao presidente do BNDES, Gustavo Montezano, e afirmou "ter coisa esquisita" em uma auditoria realizada no banco de fomento para apurar supostas irregularidades na concessão de empréstimos, no que Bolsonaro costuma chamar de "caixa preta" da instituição.

"Essa auditoria começou no governo Temer e tiveram dois aditivos. O último aditivo parece, não tenho certeza, seria da ordem de 2 milhões de reais e chegou a 48 milhões. Está errado, tem coisa esquisita aí", disse o presidente ao chegar no Palácio da Alvorada e se referir ao valor pago pela auditoria no banco.

"Parece que alguém quis raspar o tacho. Não sei se vou ter tempo de estar com (o ministro da Economia) Paulo Guedes hoje, parece que ele já está em Brasília. O garoto (Montezano), é um jovem bem intencionado, ele que passou as informações do aditivo", acrescentou.

Representantes do BNDES não comentaram o assunto de imediato.

Na semana passada, Montezano afirmou que a auditoria interna que prometia abrir a caixa-preta do banco, que custou 48 milhões de reais, foi contratada pela gestão anterior e sua divulgação, após não ter encontrado indícios de irregularidades, foi mal interpretada.

Montezano disse que, quando assumiu o banco em meados de 2019, 90% do relatório já estava pronto e que a nova administração do banco de fomento apenas deixou a consultoria terminar o trabalho e, após receber o relatório, divulgou uma versão resumida para a população e entregou a completa para autoridades.

Ele ainda defendeu o banco, afirmando que nada foi provado contra nenhum diretor ou funcionário da instituição até hoje.

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