Economia

Bolsonaro apoia reformas, mas não quer discussão pública, diz secretário

O secretário de Política Econômica defendeu que Bolsonaro é alinhado à agenda da equipe econômica, apesar do cancelamento do Renda Brasil

Bolsonaro (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

Bolsonaro (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

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Reuters

Publicado em 15 de setembro de 2020 às 14h00.

Última atualização em 15 de setembro de 2020 às 15h02.

O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, defendeu nesta terça-feira que o presidente Jair Bolsonaro é sim alinhado à agenda da equipe econômica, e que ele apenas não quer que ideias em estudo sejam tornadas públicas.

A fala veio após Bolsonaro ter pontuado nesta manhã que o governo não irá mais criar o programa Renda Brasil e continuará apenas com o Bolsa Família.

O time do ministro Paulo Guedes estudou inicialmente uma focalização de programas sociais e, posteriormente, eventual mudança em regras de benefícios para aumentar os recursos ao Bolsa Família, rebatizando-o para que, mais robusto, virasse uma marca da gestão Bolsonaro. Ao G1, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, chegou a sinalizar que entre as medidas em estudo, estava a desindexação das aposentadorias do salário mínimo.

"O presidente é um parceiro na agenda de reformas pró-mercado. Nós fomos eleitos com essa pauta, você olha o grande apoio que o ministro Paulo Guedes tem nessa pauta e nós estamos avançando", disse Sachsida, em coletiva de imprensa.

"O que me parece que o presidente Bolsonaro coloca corretamente é que as discussões não podem ser públicas. Você não pode ficar lançando ideias publicamente, acho que foi isso que ele deixou claro", disse.

Em vídeo publicado em suas redes sociais, Bolsonaro destacou que até 2022 está proibido em seu governo falar em Renda Brasil.

"Vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final", afirmou o presidente.

Sobre o aumento recente do preço de alimentos, Sachsida afirmou que a questão da inflação é localizada e transitória. Segundo o secretário, a elevação nos produtos "não é processo inflacionário, se assemelha muito mais a mudança de preços relativos".

Ele disse ainda que o preço dos alimentos subiu, mas depois irá se normalizar, da mesma maneira como aconteceu com as carnes no passado.

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