Economia

Bolsas de NY devem abrir em queda no pós-eleição

Mesmo com o fim das incertezas sobre quem ocuparia a Casa Branca, o foco imediatamente se voltou para o "abismo fiscal"


	Expressão "abismo fiscal" se refere a uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos automáticos que poderá entrar em vigor no começo do ano
 (Lisi Niesner/Reuters)

Expressão "abismo fiscal" se refere a uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos automáticos que poderá entrar em vigor no começo do ano (Lisi Niesner/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2012 às 11h55.

Nova York - As bolsas de Nova York devem abrir em queda nesta quarta-feira, no dia seguinte à vitória do democrata Barack Obama na eleição presidencial dos EUA. Mesmo com o fim das incertezas sobre quem ocuparia a Casa Branca, o foco imediatamente se voltou para o "abismo fiscal", já que o Congresso continuou dividido entre democratas e republicanos. Às 12h15 (de Brasília), o índice Dow Jones futuro perdia 1,10%, o Nasdaq recuava 1,10% e o S&P 500 tinha retração de 1,00%.

A expressão "abismo fiscal" se refere a uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos automáticos que entrarão em vigor no começo do ano que vem caso não haja acordo no Congresso para evitar a implementação dessas medidas, que podem fazer a economia dos EUA entrar em recessão. "Nós resolvemos esse assunto da eleição. Passado isso, eu acho que os mercados vão focar no 'abismo fiscal'", afirma Ron Florance, diretor-gerente de estratégia de investimento do Wells Fargo Private Bank.

A agenda de indicadores econômicos hoje está fraca. O destaque é o relatório do Federal Reserve sobre o crédito ao consumidor, que será divulgado às 18h. Antes disso, às 13h30, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) libera seu relatório semanal sobre os estoques de petróleo nos EUA.

Enquanto isso, os mercados europeus operam em baixa, com a expectativa com uma importante votação no Parlamento da Grécia hoje. Os legisladores votarão o novo pacote de austeridade de 13,5 bilhões de euros proposto pelo governo, que é uma precondição para que o país receba a próxima parcela do segundo pacote de resgate. Após uma vitória apertada do governo na semana passada na aprovação da lei de privatizações, analistas esperam uma votação complicada hoje.

No noticiário corporativo, as ações de companhias do setor de saúde, que segundo analistas se beneficiam da vitória de Obama, operavam em forte alta no pré-mercado, como destaque para HCA Holdings, que subiam 6,92%. Enquanto isso, ações de mineradoras de carvão, que poderiam subir fortemente se o republicano Mitt Romney vencesse, eram punidas no pré-mercado (Alpha Natural Resources: -10,40%; Arch Coal: -12,24%). O setor financeiro também tinha um desempenho ruim, incluindo JPMorgan (-2,05%), Bank of American (-2,82%) e Citigroup (-2,21%).

Já a Sprint Nextel perdia 0,70%, após anunciar um acordo para comprar algumas frequências de telefonia móvel e parte da base de clientes da US Cellular por US$ 480 milhões, sendo parte em dinheiro e o restante ao assumir dívidas. Hoje a Time Warner divulgou seu balanço do terceiro trimestre, que superou as expectativas dos analistas, mas as ações da companhia não foram negociadas no pré-mercado. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

O que diz a proposta do governo sobre taxação de quem ganha mais de R$ 50 mil por mês; entenda

Pacheco diz que pacote fiscal será prioridade nas próximas três semanas

Governo propõe que repasses à Cultura via Lei Aldir Blanc dependam de uso por estados

Após dólar a R$ 5,99, Haddad diz ser preciso colocar em xeque profecias não realizadas do mercado