Economia

BofA aponta para melhora de Brasil e emergentes

Banco diz que leituras de Índia, Polônia e Brasil lideraram alta em agosto, embora no caso brasileiro ganhos se devam basicamente ao avanço no mercado de ações


	Bank of America Merrill Lynch: banco diz que dez maiores emergentes com crescimento médio de 4,5%
 (Getty Images)

Bank of America Merrill Lynch: banco diz que dez maiores emergentes com crescimento médio de 4,5% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 15h38.

São Paulo - O Bank of America Merrill Lynch (BofA) divulgou nesta quarta-feira, 03, um relatório afirmando que as dez principais economias emergentes do mundo mostram sólidos sinais de melhora no terceiro trimestre.

O indicador coincidente Global Emerging Markets (GEMcycle), que monitora as condições de negócios, subiu 4,8% na prévia do terceiro trimestre, de 4,5% no segundo trimestre.

O BofA aponta que as leituras de Índia, Polônia e Brasil lideraram a alta em agosto, embora no caso brasileiro os ganhos se devam basicamente ao avanço no mercado de ações.

Segundo o banco, os índices de condições econômicas (EIC, na sigla em inglês) do Brasil subiram, em parte "puxados pelo forte desempenho do mercado de ações, com as projeções para Marina Silva na eleição presidencial melhorando".

Os índices de atividade dos gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) do Brasil também melhoraram em agosto, aponta o BofA, embora os indicadores concretos sobre a atividade econômica continuem fracos.

Após o IBGE ter revelado na semana passada a queda de 0,6% no PIB do segundo trimestre, na margem, o banco reduziu sua projeção para o crescimento brasileiro em 2014 para 0,2%, de 0,7% anteriormente.

Segundo a análise da instituição, as condições monetárias mais apertadas têm sido amplificadas pela queda generalizada nos índices de confiança.

De acordo com o BofA, enquanto o índice de indicadores antecedentes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tem uma defasagem de dois meses, seu GEMcycle é calculado em tempo real, fornecendo uma avaliação mais condizente sobre as condições econômicas correntes em cada um dos países analisados.

No caso do Brasil, entre os dados usados estão o desempenho semanal do Ibovespa, o índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br), dados de produção industrial e operações de crédito no sistema financeiro, além do próprio PIB trimestral.

"Nós continuamos otimistas sobre o crescimento dos mercados emergentes, dado o cenário estável ou de melhoria mostrado pelos nossos modelos. Nosso monitor de liquidez aponta para condições melhores em 2014. Além disso, contínuas medidas de estímulo na China, a falta de pressões por aperto monetário na maioria dos países e uma melhora no crescimento das exportações dos emergentes devem permitir um ímpeto maior de crescimento no segundo semestre deste ano", diz o relatório, assinado pelos economistas Alberto Ades e Isidore Smart.

A previsão do banco é de que os dez maiores emergentes registrem um crescimento médio de 4,5% este ano, e o viés para essa projeção é de alta.

Além de Brasil, Polônia e Índia, o GEMcycle inclui dados de Rússia, China, Indonésia, Coreia do Sul, Turquia, África do Sul e México.

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