O BoE elevou previsão para o crescimento do PIB em 2024 (Alexander Spatari/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 1 de fevereiro de 2024 às 15h22.
O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) elevou projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e para a inflação do Reino Unido nos próximos dois anos, em relatório divulgado nesta quinta-feira junto à decisão monetária de fevereiro.
De acordo com o banco central britânico, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) deve desacelerar temporariamente para a meta de 2% no segundo trimestre de 2024, antes de aumentar novamente no terceiro e no quarto trimestre, encerrando o ano com avanço de 2,75% na taxa anual. Neste caso, o avanço seria menor do que o projetado em novembro do ano passado, de 3,25%.
Contudo, depois deste período a inflação deve voltar a acelerar e superar as previsões anteriores, se mantendo em torno de 2,3% no horizonte de dois anos (primeiro trimestre de 2026) e de 1,9% no de três anos (2027).
O BoE elevou previsão para o crescimento do PIB em 2024, de estável (0,0%) para alta de 0,25% e, em 2025, de 0,25% a 0,75%. "Depois da fraqueza recente, o PIB deve acelerar gradualmente, refletindo o desaparecimento dos efeitos do aperto monetário e a melhora nas perspectivas empresariais sobre a atividade econômica no curto prazo", pontua o BC britânico.
Por outro lado, o relatório prevê continuidade do arrefecimento do mercado de trabalho no primeiro semestre de 2024, com "algum aumento" na taxa de desemprego.
As projeções da equipe do BoE levam em consideração a precificação do mercado de relaxamento monetário mais agressivo, com cortes de juros já a partir do primeiro trimestre deste ano. De acordo com o relatório, o mercado prevê que as taxas deixarão o nível restritivo de 5,25% e cairão para 3,25% até o primeiro trimestre de 2027, representando relaxamento 1 ponto porcentual maior do que o precificado em novembro do ano passado.
No entanto, o presidente do BoE, Andrew Bailey, reforçou que o banco central precisa de mais evidências antes de começar a reduzir juros. Em nota, o BC alerta que ainda existem possíveis "riscos concretos" das tensões no Oriente Médio e da interrupção do trânsito de embarcações no Mar Vermelho.