Economia

BNDES vai lançar moeda eletrônica

A criptomoeda deve ser implementada a partir de maio e vai valer apenas para operações realizadas pelo próprio banco de fomento

BNDES: "Queremos que o banco migre para o século 21", disse o executivo (Nacho Doce/Reuters)

BNDES: "Queremos que o banco migre para o século 21", disse o executivo (Nacho Doce/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 22 de fevereiro de 2018 às 21h13.

Rio de Janeiro - O BNDES vai entrar no mercado de moedas virtuais e lançará nas próximas semanas o Trubudget, disse à Reuters o diretor de planejamento do banco, Carlos Costa, nesta quinta-feira.

A criptomoeda deve ser implementada a partir de maio e vai valer apenas para operações realizadas pelo próprio banco de fomento. A ideia é que ela possa ser usada pelos tomadores de crédito do BNDES para pagar seus fornecedores.

A moeda do BNDES deve ser inaugurada com operações envolvendo o Fundo Amazônia, criado ainda no governo do PT para apoiar iniciativas sustentáveis e de preservação da Amazônia brasileira.

O fundo Amazônia é gerido pelo BNDES e tem países da Europa como principais patrocinadores. "Será uma operação totalmente lastreava em 100 por cento e só para operações do banco (e não agentes financiadores) e inicialmente deve valer para algumas operações selecionadas do Fundo Amazônia", disse Costa.

O diretor ressaltou que a entrada no banco no mercado de moedas virtuais dará mais transparência às operações do banco uma vez que os recursos emprestados poderão ser monitorados eletronicamente pelo BNDES.

"Queremos que o banco migre para o século 21", disse o executivo.

A plataforma tecnológica para viabilizar a moeda digital foi desenvolvida em parceria com o banco alemão KfW.

Acompanhe tudo sobre:BancosBNDESCriptomoedas

Mais de Economia

Governo reduz contenção de despesas públicas de R$ 15 bi para R$ 13 bi e surpreende mercado

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições