Economia

BNDES tem dúvidas sobre redução de desembolso

Luciano Coutinho admitiu que pairam dúvidas quanto à redução dos desembolsos do banco em relação aos R$ 190,4 bilhões do ano passado


	Sede do BNDES: banco anunciou que desembolsou R$ 58,8 bilhões nos primeiros quatro meses de 2014
 (Divulgação/BNDES)

Sede do BNDES: banco anunciou que desembolsou R$ 58,8 bilhões nos primeiros quatro meses de 2014 (Divulgação/BNDES)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2014 às 14h14.

Rio - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, admitiu que pairam dúvidas quanto à redução dos desembolsos do banco em relação aos R$ 190,4 bilhões do ano passado. "Ainda temos dúvida. Temos um ano atípico, com fatores como investimentos em infraestrutura nos Estados", disse.

Desde o ano passado as autoridades do governo vêm batendo na tecla da moderação dos desembolsos do BNDES. No segundo semestre de 2013, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sinalizou que o valor poderia cair para R$ 150 bilhões neste ano.

Na quinta-feira, 29, o banco anunciou que desembolsou R$ 58,8 bilhões nos primeiros quatro meses de 2014, uma alta de 8% em relação a igual período do ano passado. O resultado foi puxado pelo setor de infraestrutura, com participação de 37% dos recursos liberados.

Ao comentar o resultado forte do banco no quadrimestre, Coutinho afirmou que houve uma transferência forte de desembolsos aprovados no fim do ano passado por conta das mudanças esperadas para o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e que acabaram sendo desembolsados em janeiro e fevereiro deste ano. "Deve haver mais moderação nos próximos meses. Maio já está mostrando isso", disse após participar do evento Global Infrastructure Initiative, no Rio de Janeiro.

Para o setor de infraestrutura, entretanto, Coutinho destacou que há uma expectativa de aumento firme dos desembolsos. Segundo ele, o banco deverá desembolsar acima de R$ 60 bilhões para a área, se levadas em conta operações diretas e indiretas. Apenas em operações diretas, em que a liberação de recursos é feita diretamente pelo BNDES, o volume esperado é de R$ 34 bilhões a R$ 35 bilhões, contra R$ 30 bilhões em 2013.

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