Empréstivos do governo do Rio Grande do Sul deve ser usado em obras rodoviárias, programas sociais e qualificação de gestão (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 18 de agosto de 2011 às 23h59.
São Paulo - Apesar da ameaça de recessão na economia global e dos reflexos disso nas bolsas de valores, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não vislumbra um cenário em que terá de ampliar os desembolsos para o setor privado, e tampouco ajudar a Petrobras na captação de recursos para executar seu plano de investimentos, disse nesta quinta-feira o presidente da instituição, Luciano Coutinho.
O novo plano da petroleira prevê a captação de cerca de US$ 91 bilhões no mercado até 2015 para viabilizar investimentos na ordem de US$ 224,7 bilhões. "Sou otimista e acho que a Petrobras não vai precisar de tudo isso. O mercado pode suprir perfeitamente. Acho que não será necessário (o BNDES emprestar) até porque estamos sobrecarregados", disse Coutinho a jornalistas em evento no Rio de Janeiro.
Segundo ele, o banco mantém "o plano de voo original" de emprestar neste ano o mesmo volume de recursos de 2010, perto de R$ 145 bilhões. O executivo avaliou que a turbulência não vai se transformar em uma recessão e aposta que as economias dos Estados Unidos e da União Européia vão ter uma redução de no mínimo 1 ponto percentual no Produto Interno Bruto (PIB), baixando a expansão dessas economias em 2012 para 1%.
"Sem dúvida, esse cenário afetará a economia brasileira e nosso comércio exterior.... mas o Brasil parece mais bem preparado que em 2008 porque tem um mercado interno forte e dinâmico, e um setor bancário robusto e preservado", destacou Coutinho.