Economia

BNDES atua como compensação a distorções da economia, diz Rabello

Rabello avaliou que o Brasil passa por um momento em que se debate a necessidade de um banco de fomento

Rabello: também teceu comentários sobre a desaceleração da inflação (Wilson Dias/Agência Brasil)

Rabello: também teceu comentários sobre a desaceleração da inflação (Wilson Dias/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de agosto de 2017 às 14h18.

São Paulo - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, afirmou nesta quarta-feira, 2, que o banco de fomento atua hoje como um elemento de compensação a "distorções da economia brasileira". Durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ele considerou que essas distorções são "uma carga tributária inviável e juros estruturalmente fora do lugar".

Rabello avaliou que o Brasil passa por um momento em que se debate a necessidade de um banco de fomento. "Aos 65 anos de idade, o banco está pronto para sua aposentadoria ou sua própria reciclagem", disse. "O banco tem, sim, proposta para viver essa segunda juventude", acrescentou.

O presidente do BNDES teceu ainda comentários sobre a desaceleração da inflação e avaliou que a deflação detectada em alguns segmentos da economia é um reflexo da "desidratação do poder de compra" das famílias.

Ao destacar a importância da recuperação do poder de compra no Brasil, Rabello avaliou que o governo do presidente Michel Temer irá tomar medidas com impacto favorável, dentre as quais destacou o início de uma discussão sobre a simplificação tributária. "Imagino que poderá ocorrer ao lado da discussão sobre reforma da Previdência, que a gente possa pela primeira vez colocar para sociedade o debate de redução do manicômio tributário", concluiu Rabello.

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