Economia

BNDES amplia prazo de financiamentos em infraestrutura

As mudanças dão continuidade a medidas anunciadas em janeiro, quando entrou em vigor a Taxa de Longo Prazo (TLP)

BNDES: os spreads -- taxa de remuneração do banco-- cairão para 0,9 por cento ao ano, ante 1,7 por cento, nos financiamentos em áreas consideradas prioritárias (Vanderlei Almeida/AFP)

BNDES: os spreads -- taxa de remuneração do banco-- cairão para 0,9 por cento ao ano, ante 1,7 por cento, nos financiamentos em áreas consideradas prioritárias (Vanderlei Almeida/AFP)

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Reuters

Publicado em 6 de março de 2018 às 15h14.

São Paulo - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta terça-feira a ampliação do prazo total dos financiamentos de projetos de infraestrutura, que poderão chegar a até 34 anos, redução dos spreads e aumento da participação máxima do banco nos financiamentos.

As mudanças dão continuidade a medidas anunciadas em janeiro, quando entrou em vigor a Taxa de Longo Prazo (TLP), que substituiu a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) como taxa básica das operações do banco.

Os spreads -- taxa de remuneração do banco-- cairão para 0,9 por cento ao ano, ante 1,7 por cento, nos financiamentos em áreas consideradas prioritárias, que são segurança pública, inovação, meio ambiente, energia solar, saneamento, tratamento de resíduos sólidos e qualificação profissional. Nos demais casos, os spreads podem chegar a até a 2,1 por cento, com faixas intermediárias de 1,3 e 1,7 por cento.

O banco de fomento também anunciou que passará a calcular o percentual máximo de participação dos financiamentos com base no investimento total dos projetos, e não apenas em cima de itens financiáveis.

No caso de micro, pequenas e médias empresas, a participação do BNDES pode ser de até 100 por cento em todas a linhas de financiamento. Para as grandes empresas, a participação máxima é de 80 por cento para projetos de setores considerados prioritários e de 60 por cento nos demais casos, , disse o banco em comunicado.

O prazo total, incluindo carência e amortização, dos financiamentos nos projetos de ferrovias, rodovias, hidrovias e mobilidade urbana foram estendidos a até 34 anos. Para projetos em energias alternativas, portos, aeroportos, exportação e desenvolvimento regional, o prazo máximo total chega a 24 anos.

Para projetos de educação, saúde, segurança e telecomunicações, o prazo é de até 20 anos. E para capital de giro, o prazo máximo é de 5 anos.

 

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