Economia

BNDES afirma que solução para o Galeão sai em breve

Equipe do BNDES tem se reunido com potenciais candidatos a comprar as fatias das construtoras abaladas pela Operação Lava Jato

Galeão: alguns dos débitos da concessionária podem ser resolvidos ainda no primeiro semestre (Arquivo/Agência Brasil)

Galeão: alguns dos débitos da concessionária podem ser resolvidos ainda no primeiro semestre (Arquivo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de março de 2017 às 13h45.

Rio - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) espera chegar ainda no primeiro semestre a uma solução para "alguns" pedidos de crédito pendentes de concessões do Programa de Investimentos em Logística (PIL).

A afirmação foi feita ontem pela diretora de Infraestrutura e Sustentabilidade da instituição, Marilene Ramos, na Pontifícia Universidade Federal do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Uma solução para o Aeroporto do Galeão, no Rio, nesse prazo, "é uma possibilidade", disse ela.

Segundo a executiva, a equipe do BNDES tem se reunido com potenciais candidatos a comprar as fatias das construtoras abaladas pela Operação Lava Jato em concessões leiloadas no PIL. O programa foi lançado ainda no governo Dilma.

"Temos a expectativa que neste primeiro semestre vamos ter solução para alguns desses projetos. Outros ainda demoram", disse Marilene. Ela deu entrevista antes de proferir palestra para alunos de engenharia da PUC-Rio.

Ao ser questionada sobre quais operações estariam mais perto de uma solução, a diretoria do BNDES citou o Galeão e "algumas rodovias".

"O Galeão está perto de uma solução, algumas rodovias também estão", disse. Segundo ela, "é uma possibilidade" que o Galeão esteja incluído no grupo dos projetos a serem solucionados no primeiro semestre.

Modelo

A concessionária RIOGaleão é uma sociedade entre a Infraero, com os 49% de participação do modelo de concessão anterior para os aeroportos, a Odebrecht Transport e a operadora Changi, de Cingapura.

Nesta terça-feira, 28, o jornal "O Globo" noticiou que o grupo chinês HNA negocia a aquisição da participação da Odebrecht, atingida em cheio pela Lava Jato.

Os chineses fariam um aporte de R$ 4 bilhões. Marilene disse que o BNDES ainda não se reuniu com a HNA, mas "certamente" se reunirá.

Segundo ela, nas reuniões com investidores, nenhum interessado pediu acesso à linha de crédito de R$ 5 bilhões do banco. O BNDES lançou-a em agosto, para apoiar a compra de ativos de empresas em recuperação judicial ou com problemas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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