Economia

BM prevê baixos preços de petróleo e commodities até 2016

Preços globais das commodities permanecerão fracos em 2016, de acordo com um relatório do Banco Mundial

Trabalhador manipula grãos de soja: variável fundamental para o setor de alimentos será o retorno do El Niño, diz relatório (Carlos Carrion/AFP)

Trabalhador manipula grãos de soja: variável fundamental para o setor de alimentos será o retorno do El Niño, diz relatório (Carlos Carrion/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2015 às 21h16.

Washington - Os preços globais das commodities, elemento de central importância para numerosas economias emergentes, permanecerão fracos em 2016, de acordo com um relatório do Banco Mundial (BM) nesta terça-feira.

No estudo, o BM que nem a previsão de uma nova manifestação do fenômeno El Niño -que afeta a produção de alimentos nos países do hemisfério sul- deverá elevar os preços das commodities agrícolas, já que existem grandes reservas.

O relatório trimestral do BM também rebaixou sua previsão para a média de preços do barril de petróleo a 52 dólares. Há três meses essa expectativa era de 57 dólares. Para o ano de 2016, a previsão é de 51 dólares o barril.

A principal razão para a queda das previsões é o retorno do Irã aos mercados de petróleo após a implementação de um acordo sobre política nuclear com países ocidentais, que eliminará as sanções internacionais ao país.

No entanto, o cenário geral para as matérias-primas se mantém fraco por causa da desaceleração da economia global.

"Os principais índices de preços das commodities deverão cair em 2015, fundamentalmente por causa de uma enorme oferta e, no caso das commodities industriais, a desaceleração da demanda na China e dos mercados emergentes", afirmou o BM.

As matérias-primas não ligadas ao setor de energia podem ter um pequeno aumento em 2016, mas só após uma queda sensível neste ano. Os preços dos alimentos, que caíram 15,2% neste ano, podem subir apenas 1,5% em 2016, diz o estudo.

A variável fundamental para o setor de alimentos será o retorno do El Niño, fenômeno climático cíclico que causa significativos alterações no regime de temperatura e de chuvas em várias regiões.

"Recentes estudos sugerem que o atual episódio do El Niño pode ser um dos mais fortes registrados até agora", alerta o relatório.

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