Economia

BM mantém previsão de crescimento de 6,5% para China em 2017

Já para os dois anos seguintes, o Banco Mundial estabeleceu a previsão de esfriamento moderado

China: o relatório do banco adverte sobre o problema da dívida corporativa no gigante asiático (Fotonen/Thinkstock)

China: o relatório do banco adverte sobre o problema da dívida corporativa no gigante asiático (Fotonen/Thinkstock)

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EFE

Publicado em 13 de abril de 2017 às 08h45.

Pequim - O Banco Mundial (BM) assegurou nesta quinta-feira que mantém sua previsão de crescimento de 6,5% para a China em 2017 e de esfriamento moderado nos dois anos seguintes, dentro da mudança de modelo econômico deste país.

Na apresentação do relatório "Atualização econômica de Ásia Oriental-Pacífico", o economista chefe do BM para a região, Sudhir Shetty, mostrou seu convencimento de que Pequim "conseguirá abordar os principais riscos" que ameaçam sua economia.

No relatório se adverte sobre o problema da dívida corporativa no gigante asiático, cujas empresas, especialmente as estatais, fecharam 2016 devendo o equivalente a 170% do PIB, segundo dados de organismos internacionais.

A instituição recomenda a Pequim que enfrente este problema mediante a reestruturação das corporações estatais e lembra a importância de endurecer leis sobre o sistema bancário paralelo e de abordar o crescente endividamento hipotecário nos lares.

O BM prevê que a economia chinesa continuará moderando seu crescimento para 6,3% em 2018 e 2019, graças às políticas governamentais contra o excesso de capacidade e a expansão do crédito.

Apesar disso, Shetty avisou sobre os riscos que representaria para a região um "esfriamento mais brusco".

As previsões no setor imobiliário são de esfriamento após as restrições legais no mercado para evitar o rompimento de uma bolha.

Por outro lado, se espera que as exportações aumentem de forma moderada após dois anos de quedas.

Além disso, o estudo assegura que a aposta do Governo por mudar o modelo econômico para que seja menos dependente de seu setor externo e dos investimentos públicos, centrando seu crescimento no consumo interno bem como na sustentabilidade, continuará dando seus frutos a uma "velocidade gradual".

No entanto, ressalta também os riscos internacionais, como a incerta política comercial de China após Donald Trump assumir a presidência de Estados Unidos.

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