Economia

BM destaca desempenho da América Latina diante da recessão

Jim Yong Kim afirmou que o principal desafio da região é a mudança de um modelo econômico "baseado no setor primário"


	Jim Yong Kim:  "A América Latina está surpreendentemente bem, em grande parte devido às grandes mudanças que realizaram quando atravessaram suas próprias crises"
 (Antonio Scorza/AFP)

Jim Yong Kim:  "A América Latina está surpreendentemente bem, em grande parte devido às grandes mudanças que realizaram quando atravessaram suas próprias crises" (Antonio Scorza/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2012 às 20h09.

Washington - O presidente do Banco Mundial (BM), Jim Yong Kim, destacou nesta quinta-feira o comportamento "surpreendentemente bom" da América Latina em tempos de recessão econômica mundial, apesar do rebaixamento das previsões de crescimento da região para 3% em 2012.

Em um encontro com um pequeno grupo de jornalistas na sede do BM, entre eles a Agência Efe, Kim afirmou que o principal desafio da região é a mudança de um modelo econômico "baseado no setor primário".

"A América Latina está surpreendentemente bem, em grande parte devido às grandes mudanças que realizaram quando atravessaram suas próprias crises para reestruturar suas economias e fazer negócios. E esta é uma das razões para o seu crescimento sustentado inclusive em momentos difíceis", explicou o presidente do BM.

Kim, que sucedeu em julho Robert Zoellick no comando da principal instituição de desenvolvimento global, destacou as conquistas da América Latina em matéria de emprego, onde a taxa de desemprego se situou em 6,5% em 2011, a menor da história.

"O próximo passo é ajudar à América Latina para que a região continue avançando nas reformas necessárias e na promoção de outras medidas para gerar prosperidade através do foco em outras indústrias", não baseadas somente na exportação.

Em suas últimas previsões para a região, divulgadas ontem, o Banco Mundial antecipou uma redução do crescimento econômico de 6% em 2010 para 3% em 2012, como resultado da forte recessão na Europa e da desaceleração do crescimento da China. 

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