Economia

Bird diminui previsão de crescimento do Brasil para 2,9%

azão para a revisão está no “arrefecimento” da economia brasileira e na maior redução do desenvolvimento argentino

O Banco Mundial também projeta bom ritmo de crescimento para os principais exportadores de petróleo e gás da região (Win McNamee/Getty Images)

O Banco Mundial também projeta bom ritmo de crescimento para os principais exportadores de petróleo e gás da região (Win McNamee/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2012 às 19h54.

Brasília – O Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), ou simplesmente Banco Mundial, divulgou hoje (12) relatório no qual sustenta que o crescimento da economia latino-americana e do Caribe será 3,5% este ano, e não mais 3,6% como previra em janeiro. A razão para a revisão está no “arrefecimento” da economia brasileira e na maior redução do desenvolvimento argentino – as duas maiores economias da região.

As projeções do início do ano indicavam um Produto Interno Bruto (PIB) de 3,4% para o Brasil e 3,7% para a Argentina. Mas, em decorrência da redução nos preços externos das matérias-primas e do contexto de fraqueza da economia internacional, as previsões de crescimento para o Brasil agora são 2,9%. Ressalta, contudo, que a evolução brasileira será 4,2% em 2103, por causa dos investimentos previstos para a Copa do Mundo de 2014 e da expansão das políticas monetárias.

No caso argentino, o Banco Mundial prevê redução maior, de 3,7% para 2,2%, em decorrência, principalmente, da menor demanda interna e da fraqueza de seus parceiros comerciais; especialmente o Brasil. Mas também contribui fortemente "a percepção de deterioração dos negócios” na Argentina, ressalta o Bird em referência à nacionalização das ações e desapropriação da petrolífera espanhola Repsol. Decisão que, de acordo com o banco, afeta negativamente a confiança dos investidores.

Em contrapartida, o Bird estima ligeira subida da atividade econômica no México, de 3,2% para 3,5%, provocada, principalmente, pela recuperação gradual dos Estados Unidos, do qual é vizinho. De acordo com o organismo internacional, a proximidade dos EUA também leva perspectiva mais otimista aos países da América Central e do Caribe, que terão crescimento em bloco próximo a 3,6%.

O Banco Mundial também projeta bom ritmo de crescimento para os principais exportadores de petróleo e gás da região: 3% para o Equador, 4,3% na Bolívia e 4,6% na Venezuela. Mas, a Colômbia e o Chile, duas economias que registraram crescimentos robustos nos anos recentes, também terão aumentos menores este ano, 4,7% e 4,2%, respectivamente.

Acompanhe tudo sobre:Banco MundialCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoIndicadores econômicos

Mais de Economia

Governo propõe ao Congresso mudança em estatais que pode abrir espaço no limite de gastos

Lula afirmou que tem compromisso com equilíbrio fiscal, diz presidente da Febraban após reunião

“Queremos garantir que o arcabouço tenha vida longa”, diz Haddad, sobre agenda de revisão de gastos

"Estatais não ficarão fora do arcabouço fiscal", diz Fernando Haddad