Economia

BID prevê volatilidade nos mercados até solução para Grécia

O presidente do banco previu que os mercados permanecerão voláteis até que haja um horizonte que mostre para onde se encaminhará a crise grega


	Euros e chave de boca sobre bandeira da Grécia
 (unkas_photo/ThinkStock)

Euros e chave de boca sobre bandeira da Grécia (unkas_photo/ThinkStock)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2015 às 18h20.

Cidade do México - O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, previu nesta quarta-feira que os mercados financeiros internacionais permanecerão voláteis até que haja um horizonte que mostre para onde se encaminhará a crise grega.

"Certamente, até que haja uma clareza quanto ao referendo e às decisões que apareceram na imprensa hoje veremos volatilidade nos mercados financeiros", que neste caso imaginam "o pior cenário", disse Moreno em entrevista coletiva após participar do III Fórum BASE Internacional do BID, que termina hoje na Cidade do México.

Explicou que esta volatilidade reside na preocupação sobre a "capacidade de contágio da Grécia nos mercados financeiros internacionais".

A Grécia entrou ontem em moratória após não cumprir o pagamento de 1,6 bilhão de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e encerrar a negociação de prorrogação de seu segundo resgate.

Hoje Alexis Tsipras anunciou aceitar a maioria das condições de reformas e ajustes propostas pelas instituições para receber um novo resgate.

Moreno negou uma relação direta entre a queda dos preços do petróleo e a crise grega, apesar de ontem os barris do WTI e do Brent terem fechado em baixa.

"Não acho que haja uma conexão permanente entre os baixos preços do petróleo e o que passa na Grécia", disse.

Para o titular do BID, a redução de preços, em um contexto mais amplo, se deve a uma "maior produção" de barris nos últimos anos nos EUA, o que levou grandes produtores como a Arábia Saudita a também aumentaram sua produção para "defender sua cota" de mercado, causando uma queda generalizada dos preços.

Sobre a América Latina, avaliou que a região está em um momento de "ventos contra" pelo contexto internacional e pelo baixo valor das matérias-primas.

Ele acredita que o aumento nas taxas de juros dos Estados Unidos terá impacto na economia mexicana, mas não deu mais detalhes.

Na América Latina, especificou que apesar das previsões de baixo crescimento regional, se Brasil e Venezuela forem excluídos das estatísticas, a estimativa é de crescimento de 3%.

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