Ilan Goldfajn, presidente do BID, anuncia aumento de recursos para apoiar iniciativas na América Latina. (AFP/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 26 de março de 2025 às 14h33.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) planeja aumentar o volume de recursos para financiamento de iniciativas na América Latina e Caribe, passando dos atuais US$ 25 bilhões para US$ 38 bilhões em 2030, afirmou Ilan Goldfajn, presidente do órgão multilateral de fomento, na abertura da Reunião Anual do BID, realizada em Santiago, no Chile.
Ao todo, o BID planeja um aumento de US$ 13 bilhões em recursos, sendo que a maior fatia, ou US$ 8 bilhões, virão através do BID Invest, braço privado do banco. Goldfajn, ex-presidente do Banco Central do Brasil, destacou que o investimento privado tem sido um impulsionador crucial na captação de recursos para os países da região.
— "O investimento privado é hoje um grande driver de investimento na América Latina. Não há outra forma de avançar em tantos desafios de desenvolvimento porque há um gap de recursos em que temos de trabalhar," explicou Goldfajn.
A nova estratégia do banco, chamada BID Impact+, foi lançada no ano passado com o objetivo de aumentar o impacto das ações de desenvolvimento e escalar os resultados alcançados. Goldfajn explicou que o banco está colaborando com organizações da sociedade civil para mapear os desafios de cada país, oferecendo soluções mais eficazes.
O BID Invest também aprovou um aumento de capital de US$ 3,5 bilhões para investimentos no setor privado, o que mais que dobra o capital disponível para projetos dessa natureza.
Durante o evento em Santiago, Goldfajn abordou também os principais desafios enfrentados pela região, como o crime organizado. O BID, conforme destacou, recentemente criou uma aliança para a segurança e o desenvolvimento.
— "Segurança é um problema transnacional na região, e está em nosso DNA formular soluções para enfrentá-lo," afirmou o presidente do BID.
O foco do BID está em promover um desenvolvimento sustentável, com ênfase no combate à desigualdade socioeconômica, visando inclusão.
Goldfajn enfatizou a importância do apoio do setor privado para o desenvolvimento da América Latina, destacando que, sem esse apoio, os países da região não conseguiriam enfrentar os desafios econômicos de forma eficaz.
Além disso, o banco está comprometido com a promoção de iniciativas que combinem sustentabilidade ambiental e inclusão social como pilares para a transformação econômica da região.