O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn (AFP Photo)
Agência de Notícias
Publicado em 26 de junho de 2025 às 19h39.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) lançou nesta quinta-feira sua iniciativa "BID para Cidades e Regiões", um projeto-piloto pioneiro de cinco anos que permitirá que cidades, estados e regiões elegíveis da América Latina e do Caribe tenham acesso a uma linha de até US$ 1 bilhão em empréstimos e garantias de investimento da instituição.
A agência disse, em comunicado, que a iniciativa fornecerá aos governos locais acesso direto a financiamento para infraestrutura, desenvolvimento urbano e prestação de serviços para promover o crescimento sustentável.
O programa tem um valor total de US$ 1 bilhão e, ao alocar os fundos, levará em conta a capacidade de pagamento que esses governos possam ter, bem como o fato de que os projetos elegíveis estão sujeitos à conformidade com as estruturas legais e fiscais nacionais.
Além do acesso ao financiamento, o plano busca fortalecer as capacidades de desenvolvimento e solvência desses governos na região por meio de assistência técnica complementar.
De acordo com o presidente do BID, Ilan Goldfajn, ao fornecer esse acesso direto ao financiamento e ao fortalecer a capacidade institucional, a organização equipa as autoridades subnacionais "com as ferramentas necessárias para liderar o desenvolvimento transformador em suas próprias comunidades".
A fase piloto tem como objetivo aprovar cerca de dez operações individuais. O BID diz que o programa também apoiará o financiamento do setor privado para entidades subnacionais que têm acesso limitado aos mercados de capital.
Goldfajn enfatizou que o BID "pretende ser um banco de desenvolvimento realmente voltado para o setor privado, não apenas financiando diretamente mais projetos do setor privado por meio do BID Invest, mas também fortalecendo as condições para que o setor privado invista".
BID Invest é o braço do Grupo BID que apoia diretamente empresas e projetos privados.
Os governos nacionais devem fornecer por escrito sua não objeção aos projetos, que o BID monitorará quanto à implementação e aos resultados de desenvolvimento, além de realizar uma avaliação formal após cinco anos.