Economia

Bernardo defende veto à alta de 7,7% em aposentadorias

Brasília - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse hoje que vai recomendar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o veto ao reajuste de 7,71% para aposentadorias acima de um salário mínimo e ao fim do fator previdenciário, aprovados ontem à noite no plenário da Câmara dos Deputados. Segundo o ministro, o aumento adicional […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Brasília - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse hoje que vai recomendar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o veto ao reajuste de 7,71% para aposentadorias acima de um salário mínimo e ao fim do fator previdenciário, aprovados ontem à noite no plenário da Câmara dos Deputados. Segundo o ministro, o aumento adicional das aposentadorias, que depende ainda de votação do Senado, significa um acréscimo de R$ 30 bilhões nas contas da Previdência nos próximos cinco anos.

"Vou levar a minha opinião ao presidente para vetar os dois projetos. O governo tem deixado claro a preocupação com a sustentabilidade do INSS", afirmou o ministro. Ele admite que o veto é uma decisão impopular. "É uma coisa complicada". Mas, segundo ele, é preciso ter clareza de que não se pode aprovar tudo só porque é um ano eleitoral.

Para Paulo Bernardo, o governo não pode deixar um "abacaxi" para a próxima gestão, seja ela da oposição ou não. O ministro disse ainda que, se houver o veto, ele não será uma traição ao eleitor. Pelo contrário, segundo ele, a aprovação de medidas que tornem o INSS insustentável é que seria "enfiar a faca no eleitor". O ministro Paulo Bernardo participou hoje do lançamento do Censo 2010, que terá início a partir de agosto.

Acompanhe tudo sobre:AposentadoriaGovernoOrçamento federal

Mais de Economia

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados

'Não vamos destruir valor, vamos manter o foco em petróleo e gás', diz presidente da Petrobras

Governo estima R$ 820 milhões de investimentos em energia para áreas isoladas no Norte