Economia

Belo Monte fará perícia para contestar decisão da Aneel

Agência rejeitou o pedido de adiamento da usina por conta de atrasos nas obras.

Belo Monte, no Pará: as obras da hidrelétrica já estão um ano atrasadas  (Divulgação)

Belo Monte, no Pará: as obras da hidrelétrica já estão um ano atrasadas (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2015 às 10h21.

Brasília - A concessionária Norte Energia, dona da hidrelétrica de Belo Monte, fez críticas duras à diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que rejeitou seu pedido de adiamento da usina por conta de atrasos nas obras. A empresa pediu ainda que a agência anule a sua decisão e declarou que vai contratar um laudo pericial independente para provar que não teve culpa pelos atrasos de quase um ano nas obras.

No fim de abril, a Aneel rejeitou integralmente o pedido de perdão feito pela Norte Energia. A concessionária queria que a agência adiasse o cronograma de suas obras em até 455 dias, sob alegação de que as obras foram prejudicadas por ações alheias à sua vontade, como invasões aos canteiros de obra, greves e demora da própria Aneel em conceder declarações de utilidade pública, entre outras justificativas. Mas nenhum argumento foi aceito pela diretoria da agência.

Por meio de defesa apresentada por seus advogados, a Norte Energia afirmou que rejeitar seu pedido "com base em suposições, é totalmente contrário ao objetivo do procedimento administrativo, que se pauta na verdade dos fatos".

Para justificar a contratação de um "pleito pericial" sobre o caso, a Norte Energia sustenta que a análise feita pela Aneel foi dada "unicamente com base em deduções e inferências" e que, por conta disso, vai contratar uma "empresa independente e idônea" para tratar do assunto.

Apesar de a Aneel não ter reconhecido um dia sequer do pedido de adiamento feito pela Norte Energia, a concessionária fala agora em um impacto total de até 460 dias sobre o cronograma. "Não levar em conta estes fatos e fechar os olhos para a realidade", diz a empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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