Economia

BCE vê recessão temporária possível na França e crescimento modesto em 2023

"Nós não podemos excluir uma recessão, mas não é nosso cenário central, que é provavelmente de um crescimento levemente positivo" em 2023, afirmou presidente do Banco Central francês

 (Ralph Orlowski/Reuters)

(Ralph Orlowski/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de dezembro de 2022 às 16h50.

Membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE), François Villeroy de Galhau afirmou nesta sexta-feira, 9, que não é possível excluir uma recessão "temporária" na França em 2023, mas complementou que o mais provável é haver crescimento modesto. E ainda projetou que, ao longo de todo o ano atual, o Produto Interno Bruto (PIB) francês avance 2,6%. Além do posto no BCE, ele é presidente do Banco Central da França.

"Nós não podemos excluir uma recessão, mas não é nosso cenário central, que é provavelmente de um crescimento levemente positivo" em 2023, afirmou Villeroy de Galhau, durante entrevista à rádio FranceInfo.

Quer saber tudo sobre a política internacional? Assine a EXAME por menos de R$ 11/mês e fique por dentro.

Ele disse que, caso ocorra recessão, ela seria "temporária e limitada", excluindo a possibilidade de uma "aterrissagem brutal" da economia francesa.

Villeroy de Galhau ainda afirmou que, em 2024, o quadro deve ser "mais normal" no país, com "progressivamente menos inflação e mais crescimento".

Em outro momento da entrevista, ele comentou que o choque nos preços da inflação não pode ser absorvido totalmente pelo Estado mas as empresas precisam arcar com esse custo.

Segundo ele, a intenção do governo francês é dar auxílios mais direcionados às famílias que mais necessitam para lidar com esse contexto, em linha com declarações recentes da União Europeia sobre o tema.

LEIA TAMBÉM: 

Acompanhe tudo sobre:BCEeconomia-internacionalRecessão

Mais de Economia

Arrecadação de agosto é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,95% e chega a R$ 201,6 bi

Senado aprova 'Acredita', com crédito para CadÚnico e Desenrola para MEIs

Haddad evita comentários sobre o Copom e diz que decisão “atrasada” do FED trará ventos favoráveis

Análise: Copom deixa a porta aberta para acelerar ritmo de alta da Selic para 0,5 ponto percentual