Economia

BCE vai monitorar dados econômicos "bem de perto"

Segundo boletim do Banco Central, a expectativa é de que a economia da zona do euro se recupere gradualmente no segundo semestre


	Escultura do euro na frente do BCE: expectativas de inflação permanecem firmemente ancoradas em linha com objetivo de manter taxas perto de 2%
 (Alex Domanski/Reuters)

Escultura do euro na frente do BCE: expectativas de inflação permanecem firmemente ancoradas em linha com objetivo de manter taxas perto de 2% (Alex Domanski/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2013 às 08h54.

Frankfurt - A postura de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) permanecerá acomodativa, uma vez que a expectativa é de que a economia da zona do euro se recupere gradualmente no segundo semestre deste ano, informou o BCE nesta quinta-feira.

O BCE também afirmou em seu boletim mensal que as expectativas de inflação na zona do euro permanecem firmemente ancoradas em linha com seu objetivo de manter as taxas de inflação abaixo mas perto de 2 por cento no médio prazo.

"Contra esse pano de fundo geral, a postura da política monetária permanecerá acomodativa por quanto tempo for necessário", disse o BCE no boletim.

"Nas próximas semanas, o Conselho Diretor vai monitorar bem de perto todas as informações sobre os acontecimentos econômicos e monetários e avaliar qualquer impacto na perspectiva para a estabilidade de preço." O predecessor do presidente do BCE Mario Draghi, Jean-Claude Trichet, usou uma série de frases em código para sinalizar futuras ações de política, algo que seu sucessor não havia usado anteriormente.

Uma dessas frases era "monitorar bem de perto", embora na época do francês isso indicasse mais a uma alta da taxa de juros dois meses à frente.

Como sempre, o editorial do boletim do banco foi virtualmente idêntico ao comunicado de política, lido por Draghi após a reunião do BCE na quinta-feira passada, em que o banco manteve sua principal taxa de juros em uma mínima recorde de 0,75 por cento.

O BCE ainda vê riscos ao cenário econômico da zona do euro, relacionados à possibilidade de demanda doméstica mais fraca do que o esperado e à implementação lenta ou insuficiente de reformas estruturais.

"Esses fatores têm o potencial de afetar a melhora na confiança e portanto adiar a recuperação", disse o BCE.

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