Economia

BCE pode iniciar corte de juros em breve, se inflação seguir projeções, diz dirigente

Entre os riscos, o dirigente destaca a possibilidade de preços de energia, especialmente de gás natural, mais altos que o esperado em 2024

Kazaks reiterou que as decisões seguirão dependentes de dados (Silas Stein/picture alliance/Getty Images)

Kazaks reiterou que as decisões seguirão dependentes de dados (Silas Stein/picture alliance/Getty Images)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 13 de março de 2024 às 11h27.

Dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC da Letônia, Martins Kazaks afirmou que cortes nas taxas de juros podem acontecer em breve, caso a economia e a inflação confirmem o desempenho projetado pelo banco central. Segundo ele, a decisão pode ser tomada já nas próximas reuniões monetárias.

"Os mercados financeiros atualmente tem uma visão muito parecida precificando amplamente um primeiro corte de juros de 25 pontos-base (pb) em junho", apontou Kazaks, em comunicado publicado pelo BC da Letônia.

Redução para estabilidade ou crescimento?

Na visão dele, há um processo de equilíbrio entre os riscos de reduzir juros rapidamente e provocar um repique da inflação ou de reduzir tarde demais, pesando sobre o crescimento. "Assim, não há necessidade de atrasar demais os cortes", pontuou, acrescentando que a inflação está "quase derrotada".

Entretanto, Kazaks reiterou que as decisões seguirão dependentes de dados, tendo em vista que a cautela ainda é necessária para lidar com o elevado nível de incertezas.

Entre os riscos, o dirigente destaca a possibilidade de preços de energia, especialmente de gás natural, mais altos que o esperado em 2024 e de resiliência do mercado de trabalho apertado.

Acompanhe tudo sobre:BCEeconomia-internacional

Mais de Economia

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos

Arrecadação federal soma R$ 248 bilhões em outubro e bate recorde para o mês

Rui Costa diz que pacote de corte de gastos não vai atingir despesas com saúde e educação