Economia

BCE nega que esteja negociando resgate espanhol

"A reportagem é infundada. Não há negociações em andamento. Cabe às autoridades espanholas fazer um pedido", disse porta-voz do Banco Central Europeu


	O jornal Het Financieele Dagblad noticiou, sem citar fontes, que o BCE e o FMI estariam em negociação sobre um pacote de até 300 bilhões de euros
 (Alex Domanski/Reuters)

O jornal Het Financieele Dagblad noticiou, sem citar fontes, que o BCE e o FMI estariam em negociação sobre um pacote de até 300 bilhões de euros (Alex Domanski/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2012 às 08h25.

Nicósia/Amsterdã - O Banco Central Europeu (BCE) não está negociando um pacote de resgate para a Espanha junto com o Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmou nesta sexta-feira uma porta-voz do BCE, negando a notícia do jornal Het Financieele Dagblad.

"A reportagem é infundada. Não há negociações em andamento. Cabe às autoridades espanholas fazer um pedido", disse a porta-voz.

O Het Financieele Dagblad noticiou nesta sexta-feira, sem citar fontes, que o BCE e o FMI estariam em negociação sobre um pacote de até 300 bilhões de euros (387 bilhões de dólares). O jornal holandês afirmou que isso abriria caminho para que o BCE compre títulos espanhóis para reduzir os custos de empréstimos de Madri.

A porta-voz do BCE afirmou que o plano de compra de títulos, anunciado na semana passada, foi "uma iniciativa de política monetária e não pode ser condicional a qualquer negociação". O BCE só será ativado se "condições externas forem atendidas." Citando pessoas próximas ao assunto, o jornal disse que o BCE quer a participação do FMI para garantir que a Espanha enfrente condições rigorosas para cortar gastos e reformar sua economia em troca de qualquer ajuda.

O programa seria de três anos e equivaleria a um máximo de 300 bilhões de euros, completou o jornal.

Acompanhe tudo sobre:BCECrise econômicaCrises em empresasDívida públicaEspanhaEuropaFMIPiigs

Mais de Economia

Temos um espaço muito menor para errar, diz Funchal sobre trajetória da dívida pública

Isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil recairá sobre grandes empresas, diz Rodrigo Maia

A crescente força das gerações prateadas no Brasil

Haddad diz que consignado privado pelo eSocial terá juro "menos da metade" do que se paga hoje