Economia

BCE nega discussão de programa de estímulo ao estilo do Fed

Jornal alemão disse que havia discussões em um grupo de trabalho sobre comprar títulos de todos os governos do bloco de acordo com a participação PIB

Placa com os dizeres "Sua Agenda Destrói a Europa" em uma manifestação contra líderes da Zona do Euro na sede do BCE, em Frankfurt (Kai Pfaffenbach/Reuters)

Placa com os dizeres "Sua Agenda Destrói a Europa" em uma manifestação contra líderes da Zona do Euro na sede do BCE, em Frankfurt (Kai Pfaffenbach/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2013 às 09h28.

Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) negou uma reportagem de um jornal alemão nesta sexta-feira, que afirmava que o BCE estaria considerando lançar um novo programa de compra de títulos com o qual compraria dívida de todos os 17 países da zona do euro.

O jornal Sueddeutsche Zeitung disse que havia discussões em um grupo de trabalho no BCE sobre comprar títulos de todos os governos da zona do euro de acordo com a participação desses países no Produto Interno Bruto (PIB) do bloco monetário.

Isso acrescentaria um novo elemento ao programa de estímulo do BCE semelhante ao "quantitative easing" (compra de títulos) adotado pelo Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, disse o jornal.

"O artigo está errado", disse um porta-voz do BCE.

O presidente do BCE, Mario Draghi, disse em abril que o banco estava avaliando opções "a partir de uma perspectiva de 360 graus".

Mas o membro do Conselho Executivo do BCE Joerg Asmussen disse que isso se referia a formas de reanimar o empréstimos para a economia real.

"O pensamento do BCE em um perspectiva de 360 graus relaciona-se à questão de apoiar, dentro de nosso mandato, a oferta de crédito à economia real", disse Asmussen.

"Histórias que dizem outras coisas não estão corretas." O BCE terá uma reunião de política monetária na próxima quinta-feira, quando é esperado que mantenha sua principal taxa de juros na mínima recorde de 0,5 por cento.

Draghi, e outras autoridades do BCE, disseram nesta semana que o fim das medidas excepcionais de política monetária continua "distante".

Esses comentários vão na contramão daqueles feitos na semana passada pelo chairman do Fed, Ben Bernanke, que disse que a economia norte-americana está se expandindo com força suficiente para o banco central começar a diminuir o ritmo de compra de títulos ainda este ano.

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