Economia

BCE não planeja ajudar Grécia a pagar FMI, diz Weidmann

A Grécia tem 1,5 bilhão de euros (US$ 1,7 bilhão) em dívidas a saldar com o Fundo Monetário Internacional no próximo dia 30


	Jens Weidmann, presidente do banco central alemão: "os últimos dias mostraram que não há muito tempo restante"
 (Alex Domanski/Reuters)

Jens Weidmann, presidente do banco central alemão: "os últimos dias mostraram que não há muito tempo restante" (Alex Domanski/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2015 às 06h16.

Paris - O Banco Central Europeu (BCE) não tem planos de intervir para ajudar o governo da Grécia caso Atenas não cumpra o prazo para o pagamento de empréstimos ao Fundo Monetário Internacional (FMI) no fim deste mês, afirmou o presidente do Banco Central da Alemanha (Bundesbank), Jens Weidmann, em entrevista publicada hoje pelo jornal francês Les Echos.

A Grécia tem 1,5 bilhão de euros (US$ 1,7 bilhão) em dívidas a saldar com o FMI no próximo dia 30.

"Não é dever do Banco Central Europeu e financiamento de Estados é até mesmo proibido", disse Weidmann à publicação francesa. "A bola está no campo do governo grego", acrescentou.

Segundo Weidmann, "os últimos dias mostraram que não há muito tempo restante" para a Grécia fechar um acordo de ajuda com seus credores internacionais.

Weidmann comentou ainda que a existência da zona do euro não depende das negociações entre Atenas e seus credores, mas não descartou a ocorrência de eventuais problemas nos países do bloco, embora a situação de nações que enfrentaram dificuldades no passado, como Itália e Espanha, seja "muito diferente" hoje.

Para o chefe do Bundesbank, as repercussões mais severas de um eventual fracasso nas conversas serão para a própria Grécia. Uma eventual moratória de Atenas, disse ele, levará a consequências "difíceis de manter sob controle" para o governo grego. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:BCECrise gregaEuropaGréciaPiigs

Mais de Economia

Estamos performando melhor, diz Haddad sobre descongelamento de R$ 1,7 bi do Orçamento

Free Flow: a revolução do transporte rodoviário no Brasil

Governo reduz contenção de despesas públicas de R$ 15 bi para R$ 13 bi e surpreende mercado

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025