Escultura do euro em frente do BCE na cidade de Frankfurt, Alemanha: os bancos do país devem quase certamente falir se o seu financiamento do banco central for retirado (Alex Domanski/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2012 às 13h07.
Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) afirmou nesta sexta-feira que não irá mais aceitar como garantia os títulos soberanos da Grécia ou outros ativos garantidos pelo governo do país a partir de 25 de julho. Embora tenha dito que iria rever a situação, uma vez que os credores do país haviam completado uma visita.
O movimento do BCE irá forçar bancos gregos a recorrer ao banco central nacional para usar fundos sob o programa de assistência de emergência de liquidez (ELA), que são mais caros do que aqueles disponíveis no BCE em operações regulares de liquidez.
"O BCE irá avaliar o seu potencial de elegibilidade após a conclusão da revisão atualmente em curso, pela Comissão Europeia em colaboração com o BCE e o FMI, dos progressos realizados pela Grécia no âmbito do segundo programa de ajuste", disse o banco central em comunicado.
O BCE disse que a exclusão ocorreu devido à validade do regime de garantia, o que significaria que o BCE teria de suportar as perdas em caso de calote.
O BCE acrescentou que os bancos gregos serão capazes de continuar acessando fundos do banco central nacional grego durante esse período.
Bancos gregos têm usado um total de 62 bilhões de euros dos fundos do ELA, vindos do banco central da Grécia no final de junho, além de 74 bilhões em operações regulares de liquidez do BCE.
Os bancos do país devem quase certamente falir se o seu financiamento do banco central for retirado.
Bancos de países na zona do euro também possuem grandes blocos de dívida grega, mas devem provavelmente ter outros bens para usar como garantias e não são assim tão atingidos.
O BCE exige garantias na forma de garantias elegíveis de todos os bancos que procuram os fundos do banco central em suas operações de crédito.