Economia

BCE mantém taxas, espera para ver recuperação

Banco Central Europeu manteve sua principal taxa de juros na mínima recorde de 0,5%


	Mario Draghi: presidente do BCE deve manter abertas as opções de redução de taxas de juros ou uma injeção de dinheiro no sistema bancário se a perspectiva da zona do euro piorar
 (Samuel Kubani/AFP)

Mario Draghi: presidente do BCE deve manter abertas as opções de redução de taxas de juros ou uma injeção de dinheiro no sistema bancário se a perspectiva da zona do euro piorar (Samuel Kubani/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2013 às 09h44.

Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) manteve sua principal taxa de juros na mínima recorde de 0,5 por cento nesta quarta-feira, evitando qualquer nova ação política por enquanto, conforme espera para ver se uma frágil recuperação na zona do euro se fortalece.

A atenção do mercado financeiro agora se volta para a entrevista à imprensa do presidente do BCE, Mario Draghi, às 9h30 (horário de Brasília), na qual ele deve manter abertas as opções de redução de taxas de juros ou uma injeção de dinheiro no sistema bancário se a perspectiva da zona do euro piorar.

A preocupação do BCE aumentou em relação às taxas de juros do mercado, que subiram nos últimos meses com a perspectiva de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, reduziria seu estímulo monetário.

Buscando conduzi-las para baixo, o BCE informou em julho que iria manter as taxas nos níveis atuais ou mais baixos por um "período prolongado de tempo", o primeiro uso da orientação futura pelo banco.

A instituição também manteve sua taxa de depósito em 0 por cento e a taxa de empréstimo em 1 por cento.

A tática enfrentou dificuldades para ganhar impulso até que o Fed no mês passado adiou a redução de seu estímulo. Os investidores irão avaliar o quão flexível Draghi soará depois da decisão de manter a taxa de juros do BCE inalterada.

"Isso é como o esperado", disse o economista Christian Schulz do banco Berenberg sobre a decisão de taxas. "A economia está se recuperando, há pouca pressão para cortar as taxas no momento. Ao mesmo tempo, a inflação está baixa e muitos riscos estão lá fora, então não há pressão para apertar a política rapidamente".

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