Economia

BCE mantém taxa de juros em 0,5% diante de crise política

Banco Central Europeu manteve índice no mínimo histórico de 0,5% diante da instabilidade política em Portugal, Grécia e Egito


	Presidente do BCE, Mario Draghi, durante coletiva de imprensa mensal do banco, em Frankfurt: Draghi falará ainda hoje sobre os planos da política monetária da instituição
 (REUTERS/Lisi Niesner)

Presidente do BCE, Mario Draghi, durante coletiva de imprensa mensal do banco, em Frankfurt: Draghi falará ainda hoje sobre os planos da política monetária da instituição (REUTERS/Lisi Niesner)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2013 às 12h30.

Frankfurt - O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) manteve nesta quinta-feira as taxas de juros na zona do euro no mínimo histórico de 0,5%, diante da incerteza pela crise política em Portugal, Grécia e Egito.

A instituição europeia informou em Frankfurt (Alemanha) que manteve em 1% a facilidade marginal de crédito, pela qual se empresta dinheiro aos bancos durante um dia; e em 0% a facilidade de depósito, que remunera depósitos overnight em bancos centrais nacionais.

Os mercados já esperavam esta decisão e as bolsas europeias apresentaram uma tendência de alta no pregão matinal.

Além disso, o euro ficou acima de US$ 1,3 na maior parte da jornada, na qual os mercados americanos estão fechados em função do dia da Independência.

As taxas de juros permanecerão em 0,5% durante algum tempo pois a recuperação econômica da zona do euro vai ser lenta e a inflação ficará abaixo do objetivo de estabilidade de preços do BCE, segundo analistas da agência Allianz.

O Banco da Inglaterra também manteve as taxas de juros no mínimo histórico de 0,5%, assimo como a capacidade de seu programa de estímulo econômico.

Os mercados prestarão agora grande atenção às declarações do presidente do BCE, Mario Draghi, que falará ainda hoje sobre os planos da política monetária da instituição.

A crise política em Portugal, após a renúncia do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, e do ministro das Relações Exteriores, Paulo Portas, deixou os mercados financeiros sob alerta.

A rentabilidade da dívida portuguesa a dez anos disparou e superou 8%. As negociações entre a Grécia e a "troika" sobre o ritmo das reformas e os distúrbios no Egito impulsionaram o preço do petróleo.

E o Federal Reserve (Fed) já disse que se encontra no início do fim de sua atual política monetária expansiva, embora provavelmente o BCE seguirá outro ritmo.

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