Economia

BCE: Impulso econômico eleva confiança de inflação na meta

O relatório diz que as pressões domésticas sobre os preços seguem contidas e ainda precisam mostrar "sinais convincentes" de uma tendência de alta

BCE: a instituição prevê que o crescimento anual real do PIB da zona do euro seja de 2,4% em 2017 (Foto/Getty Images)

BCE: a instituição prevê que o crescimento anual real do PIB da zona do euro seja de 2,4% em 2017 (Foto/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de dezembro de 2017 às 08h01.

São Paulo - O Banco Central Europeu (BCE) afirma, em seu boletim econômico divulgado nesta quinta-feira, que as informações disponíveis indicam que a expansão econômica na zona do euro está "em um ritmo forte" e que ocorre uma "melhora significativa na perspectiva para o crescimento".

Segundo o conselho do BCE, o impulso cíclico "forte" e a significativa redução da ociosidade na economia "dão maior confiança de que a inflação convergirá rumo à meta" da instituição, de quase 2%.

Ao mesmo tempo, o relatório diz que as pressões domésticas sobre os preços seguem contidas no geral e ainda precisam mostrar "sinais convincentes" de uma tendência de alta sustentável. Nesse quadro, o conselho decidiu que "um grau amplo de estímulo monetário segue necessário, para que as pressões subjacentes de inflação continuem a ganhar força e apoiar o índice cheio da inflação no médio prazo".

O relatório reproduz as projeções econômicas mais recentes do BCE, informadas na última reunião deste ano. A instituição prevê que o crescimento anual real do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro seja de 2,4% em 2017, 2,3% em 2018, de 1,9% em 2019 e de 1,7% em 2020.

"Comparando-se com as projeções macroeconômicas de setembro de 2017 da equipe do BCE, a perspectiva para o crescimento do PIB foi revisada substancialmente para cima", aponta o banco central, ao prever uma expansão sólida e baseada nas exportações.

Já a inflação ao consumidor harmonizada da zona do euro deve ficar em 1,5% em 2017, 1,4% em 2018, 1,5% em 2019 e 1,7% em 2020. O índice de preços também foi revisado para cima, em grande medida como reflexo dos preços mais altos do petróleo e dos alimentos.

As condições financeiras da zona do euro "continuam a ser muito favorável", diz também o boletim. As valorizações dos bônus e das ações seguem apoiadas pela perspectiva de crescimento robusta, aponta o BCE, lembrando que, no mercado cambial, o euro tem se mantido "em geral estável nos últimos meses".

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