Economia

Europa aprova empréstimo emergencial a bancos gregos

O presidente do BCE, Mario Draghi, disse que o Conselho da instituição aumentou a Assistência de Liquidez Emergencial em 900 milhões de euros


	O presidente do BCE, Mario Draghi: banco manteve a taxa de refinanciamento, que determina o custo do crédito na economia, em 0,05 por cento
 (Francois Lenoir/Reuters)

O presidente do BCE, Mario Draghi: banco manteve a taxa de refinanciamento, que determina o custo do crédito na economia, em 0,05 por cento (Francois Lenoir/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2015 às 12h16.

Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) elevou ligeiramente seu financiamento emergencial para bancos gregos nesta quinta-feira em uma medida para ajudar os bancos a reabrirem parcialmente depois que governos da zona do euro concordaram em princípio a conceder um novo empréstimo de três anos a Atenas.

O presidente do BCE, Mario Draghi, disse que o Conselho da instituição aumentou a Assistência de Liquidez Emergencial (ELA, na sigla em inglês) em 900 milhões de euros por uma semana conforme pedido do banco central da Grécia.

"A provisão de liquidez segundo nossas regras nunca teve o objetivo de ser ilimitada e incondicional", disse ele em entrevista à imprensa, declarando que a exposição total de bancos centrais do Eurosistema à Grécia subiu a um total de 130 bilhões de euros.

Draghi disse que é difícil prever quando os controles de capital implementados em 29 de junho após o desmoronamento das negociações de resgate podem ser revogados, mas que é importante evitar uma corrida aos bancos.

Refutando críticas na Grécia de que o BCE asfixiou os gregos com falta de dinheiro, ele observou que as maiores fugas coincidiram com eventos políticos como a eleição de janeiro e o colapso das conversas sobre resgate em junho.

"Portanto essas observações de que não havia assistência de liquidez suficiente ou que houve uma corrida aos bancos causada pelo BCE são bastante injustificadas, e certamente infundadas", acrescentou ele.

Draghi disse que o BCE agiu sempre com a premissa de que a Grécia continuará sendo membro da zona do euro, mas que isso depende totalmente das autoridades gregas e de outros países membros, não do banco central.

Na decisão sobre política monetária mais cedo, o BCE deixou suas taxas de juros inalteradas em mínimas recordes, em linha com as expectativas, após o banco central já dizer que os juros atingiram o "limite mais baixo".

O BCE manteve a taxa de refinanciamento, que determina o custo do crédito na economia, em 0,05 por cento. Também deixou a taxa de depósitos em -0,20 por cento, o que significa que bancos pagam para manter recursos na instituição, e manteve a taxa de empréstimo em 0,30 por cento.

Acompanhe tudo sobre:BancosBCECrise gregaEuropaFinançasGréciaPiigs

Mais de Economia

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados