Economia

BCE: é cedo demais para falar em corte de juros com perspectiva incerta de inflação, diz Nagel

Em discurso feito em Frankfurt, na Alemanha, Nagel argumentou que a perspectiva da inflação na zona do euro ainda não está suficientemente clara

Nagel ressaltou também que o BCE só terá um quadro mais claro sobre pressões inflacionárias na zona do euro no segundo trimestre (Foto ilutrativa/Getty Images)

Nagel ressaltou também que o BCE só terá um quadro mais claro sobre pressões inflacionárias na zona do euro no segundo trimestre (Foto ilutrativa/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 23 de fevereiro de 2024 às 12h16.

Dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Joachim Nagel disse nesta sexta-feira, 23, que é "cedo demais" para falar em corte de juros, ainda que a hipótese "possa ser muito tentadora".

Em discurso feito em Frankfurt, na Alemanha, Nagel, que também é presidente do BC alemão (Bundesbank), argumentou que a perspectiva da inflação na zona do euro ainda não está suficientemente clara.

"Nós precisamos estar convencidos, com base em dados, que a inflação irá atingir nossa meta de maneira factual e sustentável", disse Nagel, acrescentando que isso dependerá em boa parte do comportamento dos salários e das margens de lucro.

Pressões inflacionárias

Nagel ressaltou também que o BCE só terá um quadro mais claro sobre pressões inflacionárias na zona do euro no segundo trimestre. Só após esse período, segundo ele, a instituição poderá "contemplar um corte de juros".

O dirigente disse ainda que o BCE correrá o risco de não cumprir sua meta de inflação, de taxa de 2% no médio prazo, se reduzir juros antes da hora ou de forma muito intensa. "Na pior das hipóteses, poderemos até ter de aumentar as taxas de juro outra vez", alertou.

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