Economia

BCE discutirá redução cuidadosa de estímulo, diz membro

Ewald Nowotny acrescentou que não vai exagerar ao avaliar os ganhos recentes do euro contra o dólar

Ewald Nowotny: "a questão não é se devemos pisar nos freios (sobre o programa) de forma abrupta" (Heinz-Peter Bader/Reuters)

Ewald Nowotny: "a questão não é se devemos pisar nos freios (sobre o programa) de forma abrupta" (Heinz-Peter Bader/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de setembro de 2017 às 08h48.

Alpbach, Áustria - O Banco Central Europeu (BCE) discutirá como dar início a um cuidados fim de seu programa de compra de ativos, afirmou o membro do Conselho do BCE Ewald Nowotny nesta sexta-feira.

Falando a repórteres durante uma conferência, Nowotny acrescentou que não vai exagerar ao avaliar os ganhos recentes do euro contra o dólar.

"A questão não é se devemos pisar nos freios (sobre o programa) de forma abrupta", disse Nowotny sobre as compras de ativos de 2,3 trilhões de euros do BCE, que devem acontecer até o final do ano.

"Mas como iniciar a normalização de forma cuidadosa. Essa é a discussão sensata."

O BCE se reúne na próxima quinta-feira e prometeu decidir neste final de ano se prolongará as compras de ativos ou se começará a reduzi-las.

Em relação à alta de 13 por cento da moeda única contra o dólar neste ano, Nowotny disse: "Eu não vou exagerar ou dramatizar esse acontecimento."

Segundo ele, há pouco espaço para o BCE elevar os juros já que a inflação está baixa. "Enquanto tivermos taxas baixas de inflação...não vejo perspectiva para juros mais altos."

A inflação na zona do euro subiu para 1,5 por cento em agosto, mas deve ficar abaixo da meta do BCE de quase 2 por cento por anos.

O BCE prometeu manter sua principal taxa, agora em -0,4 por cento, no nível atual até bem depois da conclusão das compras de ativos.

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