Economia

BCE deve manter juros por sinais de estabilização

Banco Central deve manter a taxa inalterada em uma mínima recorde de 0,75%


	Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu: expectativa é que o presidente mostre um tom ligeiramente mais positivo com sinais de estabilização da economia
 (Alex Domanski/Reuters)

Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu: expectativa é que o presidente mostre um tom ligeiramente mais positivo com sinais de estabilização da economia (Alex Domanski/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 08h03.

Frankfurt - O Banco Central Europeu deve manter a taxa de juros inalterada em uma mínima recorde de 0,75 por cento nesta quinta-feira, uma vez que a economia da zona do euro dá alguns sinais de estabilização e a inflação ainda supera a meta.

A zona do euro está em recessão, mas dados recentes indicam alguma estabilização. A expectativa é que o presidente do BCE, Mario Draghi, mostre um tom ligeiramente mais positivo na entrevista à imprensa que se segue à decisão da taxa de juros.

O Conselho do BCE, formado por 23 membros, iniciou sua reunião às 6h, horário de Brasília, para avaliar a decisão política deste mês.

Pesquisa da Reuters indica que o BCE manterá as taxas, embora economistas consultados não tenham concordado sobre as chances de um corte nos próximos meses devido a um cenário obscuro.

"As taxas estão definitivamente na espera. Nada foi espetacular o suficiente nos dados recentes para forçar o BCE a tomar qualquer ação", disse o economista do Deutsche Bank Gilles Moec.

"Existe uma recessão, mas não mais deterioração. Os empréstimos estão fracos, mas também não se deterioram mais, então o BCE não está instigado a agir." O Conselho deve encontrar algum conforto na melhora do sentimento empresarial e na pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), que deram sinais de que o pior da contração pode ter passado.

"Desde a reunião de dezembro importantes dados, em geral, surpreenderam de forma positiva", disse o analista da Nordea Anders Svendsen em nota a investidores.

As projeções do BCE publicadas no mês passado estimam a inflação em cerca de 1,4 por cento em 2014, o que normalmente justificaria outro corte na taxa de juros.

O banco central também vê a inflação caindo abaixo de 2 por cento neste ano, com as pressões inflacionárias permanecendo moderadas.

Mas a inflação desacelerou mais lentamente do que o BCE esperava inicialmente, e enquanto ficar longe da meta --tem estado acima de 2 por cento há mais de dois anos --um corte será difícil de justificar.

Acompanhe tudo sobre:BCEEuropaJurosUnião Europeia

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto