Economia

BCE deve cortar taxa de depósitos, diz OCDE

A entidade destacou que a atividade econômica na zona do euro ainda está em queda, diante da continuação da consolidação fiscal, e o desemprego deverá seguir em alta


	A OCDE recomendou que o BCE tome a atitude firme de cortar a taxa de juros de depósitos abaixo de zero
 (Susana Vera/Reuters)

A OCDE recomendou que o BCE tome a atitude firme de cortar a taxa de juros de depósitos abaixo de zero (Susana Vera/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2013 às 11h21.

Paris - Uma atitude do Banco Central Europeu (BCE) é especialmente necessária, afirmou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em seu relatório sobre perspectivas econômicas.

A entidade destacou que a atividade econômica na zona do euro ainda está em queda, diante da continuação da consolidação fiscal, e o desemprego deverá seguir em alta, atingindo 12,3% no fim de 2014.

A OCDE recomendou que o BCE tome a atitude firme de cortar a taxa de juros de depósitos abaixo de zero, efetivamente cobrando uma tarifa dos bancos para que eles tenham a opção segura de guardar reservas no banco central.

Além disso, a OCDE disse que o BCE pode comprar ativos, incluindo bônus corporativos ou soberanos, usando dinheiro impresso para isso, no que seria uma adoção atrasada do instrumento de relaxamento quantitativo já usado pelo Federal Reserve, o Banco do Japão e o Banco da Inglaterra.

A zona do euro também precisa prosseguir com a união bancária, pois o impacto de canais financeiros rompidos foi uma das principais razões para o corte nas previsões de crescimento econômico da OCDE. A entidade piorou a projeção para a contração econômica da zona do euro neste ano de 0,1% para 0,6%.

Embora tenha colocado ênfase na política monetária, a entidade disse que os governos, particularmente os EUA, podem aperfeiçoar a consolidação fiscal em vez de reduzir os gastos amplamente. Isso seria mais favorável ao crescimento ao mesmo tempo que evitaria cortes nos investimentos e colocaria mais foco na redução de subsídios. As informações são da Dow Jones.

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