Economia

BCE deve cortar projeção de inflação mas não adotará medidas

BCE lançou o programa de estímulo de 60 bilhões de euros por mês em março para impulsionar os preços ao consumidor após um pequeno período de deflação


	Contenção: BCE lançou o programa de estímulo de 60 bilhões de euros por mês em março para impulsionar os preços ao consumidor após um pequeno período de deflação
 (Daniel Roland/AFP)

Contenção: BCE lançou o programa de estímulo de 60 bilhões de euros por mês em março para impulsionar os preços ao consumidor após um pequeno período de deflação (Daniel Roland/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2015 às 08h24.

Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) deve reduzir suas projeções de inflação nesta quinta-feira, mas não deve chegar a tomar ações concretas de política monetária, prometendo apenas reforçar seu programa de compra de títulos se as perspectivas enfraquecerem mais.

A expectativa é que o BCE deixe as taxas de juros inalteradas e argumente que a chance de não atingir sua meta de inflação no médio prazo cresceu devido aos preços baixos de petróleo e ao crescimento mais fraco na China.

No entanto, o banco central provavelmente também dirá que seu programa de compra de ativos de mais de 1 trilhão de euros está funcionando, ainda que lentamente, e que o momento ainda não é certo para que adote mais ações de política.

O BCE lançou o programa de estímulo --conhecido como "quantitative easing"-- de 60 bilhões de euros por mês em março para impulsionar os preços ao consumidor após um pequeno período de deflação.

A maioria dos analistas que participaram de pesquisa da Reuters espera que o BCE eventualmente prorrogue ou aumente suas compras de ativos.

Três quartos disseram que o banco simplesmente não tem mais ferramentas e que ajustar o programa de estímulo, que tem previsão de ser executado até setembro do ano que vem, é sua única opção viável.

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