Economia

BCE: dados de inflação são boa notícia, e preços devem seguir desacelerando, diz Guindos

Segundo o dirigente, se a autoridade mantiver juros no atual nível, a inflação deverá atingir a meta de 2% do BCE

BCE: Luis Guindos, vice-presidente do banco (Aris Oikonomou/Getty Images)

BCE: Luis Guindos, vice-presidente do banco (Aris Oikonomou/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 31 de outubro de 2023 às 16h16.

Última atualização em 31 de outubro de 2023 às 16h32.

O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis Guindos, afirmou nesta terça-feira, 31, que os dados de inflação divulgados na zona do euro são "boas notícias", e que os preços devem seguir desacelerando nos próximos meses.

Em discurso na Universidade Icade, o dirigente disse que, se a autoridade mantiver juros no atual nível por algum tempo, a inflação deverá convergir com a meta de 2% do BCE.

Por sua vez, Guindos lembrou que existem riscos, especialmente geopolíticos, e apontou que o agravamento dos atuais conflitos no Oriente Médio pode ter efeito na inflação de energia.

Além disso, o dirigente apontou a desvalorização do euro como outro elemento de pressão inflacionária. A região conta ainda com um mercado de trabalho forte, o que induziu altas salariais, que Guindos também observa como um potencial fator de pressão nos preços.

Sobre a necessidade de agir para combater o avanço dos preços, o dirigente avaliou que, se há alta de inflação e a política monetária não atua, pode haver perda de credibilidade, incluindo expectativas desancoradas.

Sobre os riscos no setor bancário, especialmente após os problemas enfrentados nos Estados Unidos e na Suíça há alguns meses, Guindos afirmou que os bancos europeus têm alta liquidez, e que suportaram bem a crise.

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